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Exército Popular da Coreia denuncia as agressões sul-coreanas

Em mensagem divulgada pela Emabiaxada da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) na última sexta-feira (25), o Exército Popular do país denuncia as repetidas ações agressivas da Coreia do Sul no Mar Ocidental, que culminaram com a recente troca de tiros entre as duas partes da Península da Coreia na ilha de Yeongpyong.

Leia a seguir a nota do Comitê de Defesa Nacional da RPDC sobre as repetitivas provocações da Coreia do Sul contra o país.

Relatório do Grupo de Inspeção do CDN da RPDC

Em 2 de novembro do ano passado, o grupo de inspeção do Comitê de Defesa Nacional, da República Democrática Popular da Coreia (RPDC) fez pública a primeira ata de revelação, dando a conhecer de forma científica e imparcial que o incidente de afundamento da corveta sul-coreana Cheonan, inventado pelos Estados Unidos e pelo bando de traidores sul-coreanos, foi o maior complô da história nacional.

Posteriormente, os especialistas sul-coreanos analisaram com a precisão de um microscópio escaner o processo de formação de substâncias agregadas ao casco do navio sinistrado e as peças do torpedo e outras 10 experiências e mostraram assim o contrário da investigação dos títeres.

Continuando, foi descoberta uma concha no interior do corpo propulsor do torpedo, apresentado pelos títeres sul-coreanos como prova do afundamento da corveta por um suposto ataque de torpedo, na qual estavam coladas substâncias brancas na forma de flores.

Diante desta irrefutável prova de que o torpedo esteve submerso no mar não por um ou dois meses após o incidente, mas por muito mais tempo, o Ministério da Defesa sul-coreano se apressou a eliminar a concha, causando constrangimento nacional.

Além disso, foi confirmado que um oficial mobilizado no registro da zona do acidente morreu durante o resgate dos tripulantes de um submarino americano.

Por essa razão, correm novamente as suspeitas da colisão da corveta Cheonan com o submarino americano.

Mais de 70% dos sul-coreanos duvidam do rumor de que a parte Norte da Península estaria envolvida no caso da corveta

Quando os Estados Unidos e o bando de títeres sul-coreanos recusavam a admitir o grupo de inspeção do CDN, a RPDC apresentou a proposta de investigar e avaliar em conjunto, em Panmunjon, as provas relacionadas com o caso, o que também foi negado.

Não obstante, os títeres sul-coreanos tentam todavia aproveitar esse caso em sua campanha de confrontamento com a RPDC e, para culminar, tratam de imputar ao norte a responsabilidade do incidente da troca de tiros na ilha de Yeonpyong.

Durante o diálogo anterior para as conversações militares de alto nível Norte-Sul da Coreia, realizado nos dias 8 e 9 de fevereiro, os títeres sul-coreanos se retiraram primeiro unilateralmente e logo depois inverteram a verdade, como se a delegação do Norte houvesse cometido a grosseria.

Se for levado em consideração esse fato, sabe-se facilmente que eles são capazes de fazer qualquer coisa.

Ao ver que o incidente da corveta Cheonan foi censurado e denunciado como complô de nacionais e estrangeiros, orquestraram o caso da troca de tiros na ilha de Yeonpyong, com a finalidade de dissimular seus crimes e levar as relações entre ambas as partes coreanas a beira da guerra, ao impor ao Exército Popular da Coreia o choque armado direito, abrindo fogo primeiro.

O caso da corveta Cheonan foi a primeira provocação para exercer a pressão militar total contra a RPDC, em conluio com as forças estrangeiras e o fogo de artilharia na ilha é a segunda, para desatar uma guerra de agressão contra o Norte.

Assim, o bando de traidores sul-coreanos manchou o ano de 2010 com o enfrentamento e choques armados.

Esse ano, manipula os dois casos em sua campanha de confrontamento fratricida e pronuncia disparates para distorcer a realidade.

Por isso, o grupo de inspeção do CDN da RPDC decidiu revelar a verdade do caso da troca de tiros na ilha de Yeonpyong.

1- A verdade do caso da ilha de Yeonpyong

A ilha, situada nas águas do Mar Ocidental da Coreia, tem uma superfície de 6,8 quilômetros quadrados em um perímetros de 18 km, aproximadamente.

Desde a antiguidade era cobiçada pelos coreanos e por estrangeiras porque era uma área pesqueira abundante, tanto em espécies de peixes como nas quantidades de captura.

Mas se converteu, finalmente, na base avançada de agressão ao Norte, quando os belicistas sul-coreanos colocaram ali muitos marinheiros e canhões.

Após instalar muitos meios de ataque nas cinco ilhas do Mar Ocidental da Coreia, inclusive a Yeonpyong, o bando de traidores sul-coreanos viu a oportunidade de provocar, planejando o fogo de artilharia e aviação, para defender "a linha de limite ao norte", mas não pode implementar o plano devido à atitude intransigente do Exército Popular e à opinião pública interna e externa.

Em 22 de novembro do ano passado, quando em toda a Coreia do Sul se realizava freneticamente o exercício anti-RPDC "Hoguk", a junta de Chefes de Estado Maior do exército títere sul-coreano traçou o sinistro plano de disparar os obuses nos dias 23 e 24 a partir da área marítima da ilha de Yeonpyong contra as águas territoriais da parte Norte.

Para frear os conflitos armados nessa zona delicada e preservar a paz e a estabilidade da Península Coreana, o Exército Popular enviou, às 8h de 23 de novembro, um aviso telefônico ao alto comando militar sul-coreano.

O aviso exigia o imediato cancelamento do plano imprudente de canhoneio contra as águas territoriais da RPDC e advertia severamente que, se a parte sul-coreana não escutasse a demanda, enfrentaria um rotundo contra-ataque físico do Exército Popular e seria responsabilizada por todas as consequências que emanassem do caso.

Não obstante, o bando de traidores sul-coreanos disparou obuses contra as águas territoriais de nossa parte, mobilizando para isso a artilharia instalada na ilha.

Desta maneira, Yeonpyong, foco de provocação militar, não pôde evitar o castigo merecido.

O impiedoso contra-ataque físico sobre Yeonpyong, que se converteu em uma base militar, deixando de ser o local de vida para civis pacíficos, confirmou uma vez mais a todo o mundo que não é vã a declaração do Exército Popular, o poderoso exército revolucionário do monte Paektu, de não perdoar a ninguém caso atacassem um centímetro do mar, do céu ou da terra que estiver sob a soberania da RPDC.

Neste mundo não há ninguém que permita ao bandido agir livremente em sua casa e nenhum exército toleraria os belicistas que abrem fogo primeiro contra as sagradas águas territoriais de sua pátria.

Por causa dos sul-coreanos traidores, enlouquecidos pela confrontação fratricida, o mar pacífico se converteu em um palco do cenário de conflito armado.

Felizmente, mais de 300 mil moradores da ilha não sofreram muitos danos porque tinham se deslocado para o lado oposto do fogo para capturar mariscos.

Os belicistas títeres não lhes informaram sequer o aviso de advertência do Exército Popular, com a intenção vil de brecar o contra-ataque, utilizando o povo como escudo humano.

As "vítimas civis" foram um ou dois trabalhadores civis de registro militar, que estavam no quartel da corporação da marinha. Se eles não estivessem ali, não teriam sofrido tal desgraça.

No lugar de aprender a lição do forte contra-ataque físico do nosso exército, o bando de traidores sul-coreano, que passou tremenda pena à vista do mundo, optou por ampliar a provocação falando de "vingança" e "castigo merecido".

O ministro títere de Defesa Nacional e outros cabecilhas militares foram substituídos pelos belicistas mais notáveis, que reforçaram a ilha de Yeonpyong e seus arredores com enormes tropas terrestre, navais e aéreas e decretaram "alerta de emergência".

Com base nisso, em 20 de dezembro fizeram disparos de mais de uma hora nas imediações de Yeonpyong.

Pelo temor ao segundo e terceiro contra-ataques de autodefesa do Exército Popular, os títeres sul-coreanos modificaram a zona de fogo e o ponto de impacto dos projéteis, já planejados, e se limitaram a disparar os obuses que sobraram da provocação militar de 2010.

Ao Exército Popular não há qualquer dificuldade em responder às provocações militares com fins de propaganda dos covardes, que pretendiam salvar o decoro de seu desmoralizado exército.

Se o bando de traidores sul-coreanos tivesse lançado apenas um só projétil contra as águas da RPDC, teriam sido envolvidos em fogo não só o solo das ilhas usadas na provocação, mas também até Seul.

2. Troca de tiros na ilha Yeonpyong é a continuidade da longa e sistemática provocação.

O fogo de artilharia na ilha Yeonpyong é a continuação da provocação militar que vem crescendo e recrudescendo de maneira sistemática de século em século, desde 1953, quando foi publicado o Acordo de Armistício da Coreia até a data de hoje.

Ante a iminente e humilhante derrota na guerra trienal de agressão (1950-1953) para atropela a República Popular Democrática da Coreia, recém fundada, os títeres sul-coreanos se opuseram obstinadamente à assinatura do acordo mencionado e fizeram todo o possível para cancelá-lo e invalidá-lo, preconizando o "avanço independente para o norte".

Tal postura se revelou coerentemente nos arredores das cinco ilhas do Mar Ocidental da Coreia, próximas geograficamente da costa da RPDC, nas quais não se pôde estabelecer a linha de demarcação militar marítima durante a assinatura do Acordo de Armistício.

Os títeres sul-coreanos perpetraram sucessivamente os atos criminosos, tais como o sequestro e o assassinato de pescadores civis e o ataque armado contra o território da RPDC, tomando como base de saída a polêmica zona marítima e agiram freneticamente, para por em prática seu aventureiro plano de "avanço independente para o Norte".

As provocações militares de então eram tão graves que a Comissão de Armistício Militar decidiu fixar esses casos reportados no Mar Ocidental e outras partes como primeiro ponto da agenda de sua reunião, celebrada depois de firmado o Acordo de Armistício.

Por causa dos títeres sul-coreanos, as águas do Mar Ocidental se converteram na base avançada para desatar a guerra de agressão à RPDC e na zona litigiosa que corre em todo o momento o perigo de enfrentamento e choque entre ambas as partes coreanas.

A escalada de provocações militares durante várias décadas, desde 1950 até 1980, gerou na década de 1990 do século passado alguns choques armados irreparáveis.

Um bom exemplo é o primeiro conflito armado no Mar Ocidental, acontecido em junho de 1999.

Quando começou a etapa final da guerra de agressão dos Estados Unidos e seus satélites contra a Iugoslávia, os títeres sul-coreanos estabeleceram a RPDC como próximo alvo.

Em particular, selecionaram as águas do Mar Ocidental como detonador da segunda guerra coreana, e procederam à execução do já traçado "projeto da operação provocativa contra o Norte".

Instalaram nas águas periféricas da ilha Yeonpyong a infantaria da Marinha e mais de 40 barcos de combate, inclusive dois destróieres de grande tamanho, 20 lanchas rápidas, um barco de desembarque de tanques, um barco de patrulha, um de abastecimento, uma lancha salva-vidas e abriram fogo sem prévio aviso contra os navios do Exército Popular, que cumpriam sua rotineira missão de guarda.

Quando sua tentativa de desatar a guerra total fracassou, mediante o primeiro conflito armado no Mar da Coreia, os belicistas militares sul-coreanos provocaram o segundo conflito, justamente em 2002, quando na Península Coreana se fez mais quente que nunca o clima a favor de uma reconciliação e unidade.

Depois, ampliaram ano a ano, de forma planejada, a incursão na linha de demarcação naval da RPDC. Em 2009 desataram o terceiro conflito, sem ocultar sequer seu intento de empregar as águas periféricas de Yeongpyong como base avançada em função de provocar a guerra contra o Norte.

Depois da chegada ao poder do bando de traidores de Lee Myung Bak, aumentaram subitamente os casos de incursão nas águas territoriais da RPDC no Mar Ocidental.

Só no ano passado foram reportados mais de 600 casos cometidos sob o pretexto de "interceptar barcos pesqueiros" e fazer frente ao deslocamento rotineiro dos vasos de guerra do Exército Popular.

Como mostram os fatos, a troca de tiros na ilha de Yeonpyong não são casuais, mas um produto da campanha de confrontamento fratricida dos sucessivos belicistas sul-coreanos, que prossegue de década em século.

Com informações da Embaixada da RPDC no Brasil