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Liga Árabe repudia qualquer intervenção estrangeira na Líbia

Em uma reunião convocada às pressas e realizada nesta quarta-feira (2) na cidade do Cairo, a Liga Árabe esclareceu que a crise na Líbia é “um assunto interno árabe” e que “não requer qualquer intervenção estrangeira”. Os ministros de Relações Externas da Liga Árabe, em resolução, convidaram o líder líbio Muamar Kadafi a tomar “decisões corajosas” para pôr fim à violência e respeitar os “direitos legítimos” da população”.

A mesma ideia de rejeição a uma possível intervenção estrangeira na Líbia foi defendida também pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante conversa telefônica com Saif el-Islam, filho do líder líbio. A Turquia possui o segundo maior exército que compõe o Pacto Militar do Atlântico Norte.

“Erdogan disse ao irmão Saif el-Islam que qualquer interferência da Otan na Líbia não será legítima e garantiu-lhe que a Turquia tomará essa posição na Organização do Atlântico Norte”, afirmou na noite desta quarta-feira à televisão estatal líbia.

Esta manhã, as forças insurgentes em Bengazi sugeriram que “muito provavelmente” pedirão às Nações Unidas uma intervenção direta estrangeira, sob o pretexto de impedir que a força aérea continue a bombardear as posições dos civis e militares rebelados.

A Otan, em reunião na cidade de Bruxelas, afirma que a medida só pode ser posta em prática se o Conselho de Segurança das Nações Unidas emitir um mandato para o Pacto Militar, algo extremamente improvável, por causa da posição antibélica tomada por alguns países, como a Rússia.

Com agências