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Após "recado" em reunião, Dilma afaga PDT e elogia Lupi

A presidente Dilma Rousseff disse no início da tarde desta quinta-feira (3), em rápida entrevista no Palácio do Planalto, que o ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), continuará no cargo. "O ministro Lupi é de minha inteira confiança", afirmou. "O PDT fica no Ministério do Trabalho. Agora, eventuais problemas na base serão resolvidos pelo partido e não pelo governo", ressaltou Dilma.

Ontem, o governo não convidou o representante do PDT para a reunião da presidente com líderes da base aliada. A reunião teve como um dos objetivos agradecer aos partidos pelo apoio ao governo na votação do salário mínimo. Como houve dissidência grande na bancada do PDT em torno deste assunto, o Planalto achou que seria um constrangimento convidar o líder do PDT para o encontro. Ao mesmo tempo, o não convite serviu como "recado" de Dilma para os partidos da base no sentido de que o governo não irá aceitar passivamente as dissidências.

Dilma despachou hoje com o ministro Lupi, no Palácio do Planalto. Na entrevista coletiva, ela minimizou a crise com o PDT e afirmou que o despacho com Lupi foi normal. A presidente disse que estranhou notícias divulgadas pela imprensa de que o ministro corria risco de perder o cargo. "Eu acho estranho como é que, em alguns momentos, os meus ministros ficam ou saem de acordo não comigo. Eu sou nessa história a última a saber. Queria saber por que o ministro não ficaria no cargo", ironizou.

Dilma disse que as defecções que o PDT teve na votação – nove dos seus 26 deputados votaram contra o governo na Câmara – são problema do partido, não do governo. "Eventuais problemas dentro da base vão ser resolvidos pelo próprio partido, não pelo governo. Vou reiterar: o ministro Lupi é um ministro da minha confiança".

Da redação,
com agências