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Líder diz que PDT é aliado mas não subordinado ao governo

Contrário à proposta do governo do salário mínimo de R$ 545, o PDT foi excluído da reunião com a presidente Dilma Rousseff em que participam líderes dos partidos da base aliada na Câmara. O líder do PDT, Giovanni Queiroz (PA), se disse aliviado por não ter recebido o convite.

“É um alívio danado, me poupou de um constrangimento”, ressaltou o deputado. Queiroz votou na proposta encampada pelo deputado Paulo Pereira, o Paulinho da Força, de R$ 560.

Queiroz, no entanto, tentou minimizar o distanciamento com o Planalto criado após o episódio da votação do mínimo.

“Estão dando ênfase a um fato que não deveria ter tamanha repercussão. Apenas seguimos a linha programática do partido. Continuamos aliados, mas não subordinados. E não aceitaremos retaliação de ninguém."

Na saída do encontro dos líderes da base com Dilma, o líder do PR, Lincon Portela (MG), disse que a falta do PDT na reunião não foi percebida.

"A conversa fluiu tão naturalmente que não notamos a ausência do PDT", disse Portela.

Questionado sobre de quem veio a ordem para não adicionar o partido da lista de convidados, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), deu a senha: "Uma decisão no regime presidencialista é sempre do presidente".

O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) confirmou a retaliação: "A reunião de hoje foi uma reunião em que a presidenta convidou os líderes que estão 100% afinados com o governo", afirmou.

Segundo ele, "a grande notícia da reunião" foi a decisão da presidente de restabelecer o conselho político, composto pelos líderes e presidentes de partidos da base de sustentação do governo. "O importante é que vai ser restabelecido o conselho político e, no conselho, o PDT, enquanto partido da base, terá assento", disse.

A primeira reunião está marcada para o próximo dia 23 de março. Não foi definida uma frequência fixa para as reuniões do conselho.

Da redação com agências