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Dilma confirma Meirelles para chefiar Autoridade Pública Olímpica

O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, irá comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO), braço do governo federal na montagem dos Jogos Olímpicos do Rio, que ocorrerá em 2016. Meirelles concedeu entrevista coletiva, na tarde desta segunda-feira (14/3), para confirmar que aceitou o convite feito pela presidente Dilma Rousseff, durante audiência, no Palácio do Planalto. A indicação do ex-presidente do BC para a APO segue para o Senado Federal.

“Não há dúvida de que a escolha se deu em função das qualificações e experiência de gestão. Tenho uma carreira com mais de 30 anos e com trânsito junto a investidores nacionais e estrangeiros”, afirmou Meirelles.

Apesar de ser filiado ao PMDB, a indicação de Meirelles não é vista como mais um cargo para o partido. A informação que corre nos bastidores é de que seu nome foi indicação direta do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci.

Meirelles assegurou que cabe aos senadores aprovar a indicação de seu nome. Ele disse que conhece o processo já que passou por sabatina no Senado quando foi indicado pelo ex-presidente Lula para o comando do BC. Segundo afirmou, caberá aos senadores a análise da indicação dentro “de um processo democrático e importante que sempre teve”.

O nome de Henrique Meirelles deverá ser aprovado sem dificuldade no Senado. Os setores empresariais e financeiros estão bastante satisfeitos com a indicação de um "dos seus" para o comando da APO. O órgão cuidará de orçamento estimado em R$ 30 bilhões.

Papel reduzido

A APO teve papel reduzido em relação ao proposto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, após pressão exercida pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), para evitar perda de poder.

Pela estrutura original, a APO era a única interlocutora do governo brasileiro junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI), o que era veementemente rejeitado pela prefeitura e o governo do Rio.

Outra modificação foi a redução do número de cargos que serão criados para a Autoridade. Em vez de 484 novos contratados, como havia sido previsto, foi aprovada a criação de 181 vagas.

Com agências