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Dólar cai pelo terceiro dia e fecha a R$ 1,663

O viés de baixa prevaleceu pelo terceiro dia seguido no mercado de câmbio e o dólar volta a oscilar na sua “banda padrão” ao redor de R$ 1,66. Neste período, o preço da moeda americana acumula queda de 1,36%.

Nesta terça-feira (22), a moeda terminou a jornada com baixa de 0,23%, a R$ 1,663 na venda. Entre máxima e mínima, a divisa oscilou apenas R$ 0,004.

Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar pronto cedeu 0,17% e fechou a R$ 1,6621. O volume caiu de US$ 133,5 milhões para US$ 117,75 milhões.

Também na BM&F, o dólar para abril apontava baixa de 0,41%, a R$ 1,6645, antes do ajuste final de posições.

Segundo o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo, a alta liquidez e a melhora da percepção com relação ao cenário externo, mesmo com os ataques na Líbia, explicam tal comportamento recente da moeda americana.

Pelo lado doméstico, diz o especialista, a percepção é de que a entrada de recursos continua firme e que o governo ainda avalia se lança ou não novas medidas na área cambial.

Galhardo chama atenção para os dados sobre o fluxo cambial que saem amanhã, que podem confirmar a percepção quanto à entrada de dinheiro no país, além de dar uma ideia sobre a posição dos bancos no mercado à vista.

Hoje, em apresentação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que a posição vendida dos bancos no mercado à vista estava abaixo de US$ 7 bilhões.

Cabe lembrar que os bancos têm até o dia 4 de abril para se ajustar à circular 3.520, editada dia 6 de janeiro, instituindo o recolhimento de depósito compulsório de 60% sobre as posições vendidas que excederem US$ 3 bilhões ou o capital de referência dos bancos, o que for menor.

Na época do anúncio da medida, a expectativa do BC era que as posições vendidas, que encerraram 2010 em US$ 16,78 bilhões, recuassem para cerca de US$ 10 bilhões.

No câmbio externo, o Dollar Index, que mede o desempenho da divisa americana ante uma cesta de moedas, rondou a estabilidade durante todo o pregão e, há pouco, mostrava leve alta de 0,06%, a 75,44 pontos. Já euro recuava 0,13%, a US$ 1,42. O real é uma das moedas que mais valorizam no mundo, o que reduz a competitividade da indústria nacional e desperta fortes críticas dos exportadores.

Fonte: Valor