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Reforma tributária: Dilma anuncia "fracionamento" de projetos

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (24), a líderes da base aliada, que o governo quer fazer a reforma tributária no país, mas tem consciência das dificuldades de aprová-la em bloco no Congresso Nacional. A estratégia do governo, diante da resistência, será "fracionar" a mudança, ou seja, enviar ao Congresso os projetos a conta-gotas. A presidente pediu apoio para aprová-los.

A estratégia foi revelada por Dilma na reunião do Conselho Político na tarde desta quinta (24), no Planalto. Também participaram do encontro o vice-presidente Michel Temer, os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Casa Civil, Antonio Palocci, e de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, além de líderes e presidentes de 17 partidos.

Foram convidados e mandaram pelo menos um representante o PT, PMDB, PP, PR, PSB, PDT, PTB, PSC, PCdoB, PRB, PMN, PTdoB, PHS, PRTB, PRP, PTC e PSL.

A presidente, no entanto, não citou na reunião quais seriam os projetos sobre matéria tributária priorizados pelo governo. Dilma também disse que as reuniões com a base aliada deverão ser feitas com mais frequência, mas não falou de quanto em quanto tempo.

A reforma tributária foi tentada no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, só que enviada em bloco para o Congresso. No primeiro mandato, o próprio presidente Lula chegou ir ao Legislativo, acompanhado dos 27 governadores, para dar entrada na proposta de reforma política e tributária, que acabou não acontecendo em seu governo.

No segundo mandato, Lula fez nova tentativa, convocou entidades empresariais e sindicais e partidos políticos para a construir uma proposta de reforma tributária que também não foi aprovada.

Visão comunista

A reforma tributária foi um dos temas abordados no programa que o PCdoB apresentou em rede nacional de rádio e TV, na noite desta quinta-feira (24). O partido defende uma reforma progressiva que faça os ricos pagarem mais impostos.

Segundo os comunistas é necessário aliviar a carga tributária dos assalariados e das médias, pequenas e microempresas. Para o PCdoB, a reforma deve ser um mecanismo de redistribuição de renda e não de concentração.

Da redação, com informações da Agência Brasil