PF investiga envolvimento de Amado Cilton em venda de sentença

Além dos desembargadores Willamara Leila, 55 anos, Carlos Souza, 64 anos, e Liberato Póvoa, 66 anos, supostamente envolvimentos em venda de decisões no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ/TO), a Polícia Federal (PF) também investiga o desembargador Amado Cilton Rosa, 59 anos.

De acordo com informações , a PF teria recebido possíveis provas que comprometem o magistrado na operação Maet, deflagrada em 16 de dezembro de 2010.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou por 180 dias os desembargadores Willamara Leila, Carlos Souza e Liberato Póvoa. Amado Cilton não foi afastado pelo Supremo.

De acordo com a denúncia, a responsável por negociar as decisões do desembargador seria a sua esposa Liamar de Fátima Guimarães, 49 anos. Segundo informações, ela é quem entraria em contato com advogados e clientes.

Ainda conforme informações, a PF e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) teriam recebido um cheque em branco, um celular com 13 mensagens de uma possível negociação de venda de decisão.

O cheque faria referência à compra da liberdade de Fábio Pisoni, acusado de assassinar o estudante Vinicius Duarte de Oliveira, em Gurupi, em dezembro de 2007.

O cheque em branco seria uma garantia de dinheiro devolvido da mulher do desembargador, caso Fábio Pisoni não conseguisse um Habeas Corpus (HC). O valor de R$ 50 mil teria sido pago pela liberdade do estudante.

O HC foi concedido por Amado Cilton, 11 dias depois do crime. Meses depois o Colegiado do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ) revogou a decisão e até hoje Fábio Pisoni está foragido.

Entrevista
Em entrevista concedida ao JTo na sexta-feira, 25, em sua residência, em Palmas, o magistrado admitiu que realmente relatou o processo do habeas corpus, mas negou a venda da decisão.
 
segunda, 28 de março de 2011, às 21h 05min
Site Cleber Toledo – Da Redação