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20ª reunião do CAS: pobreza causa mais fome que alta de preços

A atual volatilidade dos preços das commodities agrícolas não é principal causa da insegurança alimentar verificada em várias regiões do mundo. A afirmação foi feita pelos ministros da Agricultura da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile e Paraguai e o vice-ministro do Uruguai em declaração conjunta divulgada nesta sexta-feira (1º), ao final da 20ª reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS).

"Existe evidência de que a volatilidade atual dos preços dos alimentos e os preços das commodities agrícolas, medidos em termos reais, não é significativamente superior à média história", comparam, acrescentando que, portanto, "não seria a principal causa de a insegurança alimentar".

Para o CAS, a insegurança alimentar está relacionada à situação de pobreza estrutural, que envolve grande parte da população mundial.

Houve consenso entre os ministros sobre a rejeição de controles dos preços internacionais, como defende, por exemplo, a França.

"Algumas iniciativas de países desenvolvidos, que querem enfrentar a insegurança alimentar com o estabelecimento de mecanismos que limitam os preços internacionais das commodities, desestimulam a produção agropecuária nos países – como nos membros do CAS – onde já existem vantagens comparativas e competitivas para alimentar o mundo", afirmam os ministros.

Em uma declaração separada, a Argentina obteve o apoio do CAS ao Plano Estratégico Agroalimentar e Agroindustrial Participativo e Federal 2010-2016, lançado ano passado. O plano é combativo pelos ruralistas do país, que fizeram até locaute, quando o governo taxou os excedentes das exportações para garantir o abastecimento alimentar da população.

Segundo a declaração final, o plano contribui para a segurança alimentar do país e da região.

Fonte: Monitor Mercantil