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Indio da Costa, ex-vice de Serra, ingressa no PSD de Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, dissidente do direitista DEM e fundador de um novo partido, o PSD, tem comparecido aos grandes meios de comunicação para explicar a política e a ideologia da nova agremiação. Em suma, o prefeito da maior cidade do Brasil diz que a nova sigla não é de direita, nem de esquerda nem de centro, mas a favor do Brasil.

O líder da nova sigla declara apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff e reafirma em termos enfáticos a afinidade com seu padrinho político José Serra, ex-candidato derrotado à Presidência da República pelo PSDB, partido que é, na essência, a tropa de choque do neoliberalismo no país e força estruturante da oposição ao governo Dilma.

O tempo se encarregará de esclarecer o que é e o que quer o partido do prefeito paulistano. Não sejamos apressados. O partido sequer está criado e se obtiver êxito na empreitada jurídica do processo de filiações, estruturação e obtenção do registro junto à autoridade eleitoral, deverá passar pelo crivo das urnas nas eleições municipais de 2012.

Já é notável, porém, a constelação de ex-demistas conotados como direitistas empedernidos a acompanhar o líder Kassab e filiar-se com pompa e circunstância na nova agremiação. Uma delas é a inefável Kátia Abreu, senadora pelo Tocantins e presidente da Confederação Nacional da Agricultura, representante das grandes corporações latifundiárias agroexportadoras.

A maior novidade no campo pessedista, não veio da área rural, mas do Rio de Janeiro, onde foi oficializada no último domingo (3) a filiação do indefectível ex-deputado federal Indio da Costa. Na campanha eleitoral recentemente encerrada, ele foi o candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra. Nos embates mais duros da campanha, cabia a Indio da Costa o papel de exibir reações hidrofóbicas ao avanço das forças democráticas e progressistas.

Há tão pouco tempo avesso aos avanços democráticos, da Costa hoje verbera que “o DEM não tem democracia interna". Grande descoberta, que talvez lhe dê a bandeira política para tentar polarizar a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, em rivalidade com os seus aliados de anteontem, Cesar e Rodrigo Maia, pois, além de assumir o controle da nova legenda no estado, o ex-parceiro de chapa presidencial de Serra cogita candidatar-se a prefeito no ano que vem.

O neopessedista filiou-se repetindo o mantra do seu novo chefe político: "Os conceitos de direita e esquerda não cabem mais. O PSD nasce como uma sigla social, liberal e democrata", afirmou.

Da Redação

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