Jornalista diz que a imagem de Cuba é distorcida pela mídia

Segundo Escalante, ela acata a doutrina dos EUA e é financiada por premiações norte-americanas. Ele observou ainda que a realidade do país precisa ser mais bem conhecida, já que muito do que se diz pela mídia cria uma imagem estereotipada de Cuba.

No último dia 4, Yoani Sanchez afirmou, no Parlamento Europeu, que a polícia política cubana amplia a repressão aos meios alternativos de comunicação, especialmente os blogs. Curioso é que o blog DesdeCuba, mantido por ela, não estava no ar nesta sexta-feira, e nele constava uma mensagem sobre problemas técnicos em razão do excessivo número de acessos à página, que atingiu mais de um milhão de comentários.

Sobre a censura aos veículos de comunicação, Escalante disse que os conteúdos sobre a realidade e a atualidade em Cuba são decididos pelo conselho da revista Bohemia e que não há censura ao que é publicado. Há, segundo ele, como em todos os periódicos, critérios de publicação.

Escalante também comentou sobre a formação dos jornalistas profissionais naquele país, onde o Instituto Internacional de Periodismo José Martí oferece um curso de pós-graduação em Jornalismo. Escalante é um dos docentes da instituição, que recebe profissionais graduados em jornalismo, de todo o mundo. Ele exerce a profissão de periodista desde 1985, ano em que se licenciou pela Universidad de La Habana.

Nos últimos anos, segundo Escalante, faltam jornalistas em Cuba, em razão do aumento do número de veículos de comunicação nas duas últimas décadas. “Houve a expansão de veículos, principalmente emissoras de rádio e televisão em diversas províncias”. Um dos desafios na formação de jornalistas em Cuba é o de estarem presentes em todas as regiões da ilha.

O debate contou com a presença dos estudantes da Faculdade de Jornalismo, que dele participaram com diversas perguntas sobre Cuba, as quais vão servir para a elaboração de vários trabalhos disciplinares.

Fonte: PUC Campinas