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STJ volta a adiar julgamento sobre união homossexual

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adiou mais uma vez um posicionamento sobre a possibilidade de casais homossexuais constituírem uma família, para fins legais. Nesta quinta-feira (7), um julgamento na 3ª Turma foi interrompido por um pedido de vista.

O processo discute a possibilidade de união estável pós-morte entre dois homens — um bibliotecário e um cabeleireiro do Mato Grosso. Com a morte do primeiro, em 2006, o companheiro entrou na Justiça reivindicando a divisão do patrimônio adquirido durante 18 anos de relacionamento.

As decisões de primeiro e segundo graus reconheceram a união estável. O filho adotivo do bibliotecário recorreu ao STJ. A relatora do caso, ministra Nancy Andrighi, já havia votado pelo reconhecimento da união estável.

Em seu voto, o ministro Sidnei Beneti foi contra. Segundo ele, a Constituição só reconhece a união estável entre homem e mulher. Mas entendeu que houve sociedade de fato e determinou a partilha dos bens.

O desembargador convocado Vaso Giustina seguiu o entendimento. Já o ministro Paulo de Tarso Sanseverino pediu vista, lembrando que a 2ª Seção da Corte analisa caso parecido.

Da Redação, com informações do Valor Econômico