Orquestra de Minas lança nota em defesa da OSB

Através desta, demonstramos o total apoio aos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), neste momento de árdua luta por seus direitos, não só de vocês, mas de todos os músicos atuantes em orquestras do Brasil.

 
Gostaríamos de aproveitar a ocasião para contrapor o pronunciamento do maestro John Neschling em carta publicada em 14/03/2011, onde se encontra a frase: “Coisa é construir uma orquestra a partir do zero, como fez Fabio Mechetti em Belo Horizonte …”, diante desta afirmação, queremos esclarecer que antes do "zero" a história é outra, começou em cima de uma orquestra com mais de 30 anos de história.

Através desta, demonstramos o total apoio aos músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), neste momento de árdua luta por seus direitos, não só de vocês, mas de todos os músicos atuantes em orquestras do Brasil. Gostaríamos de aproveitar a ocasião para contrapor o pronunciamento do maestro John Neschling em carta publicada em 14/03/2011, onde se encontra a frase: “Coisa é construir uma orquestra a partir do zero, como fez Fabio Mechetti em Belo Horizonte …”, diante desta afirmação, queremos esclarecer que antes do "zero" a história é outra, começou em cima de uma orquestra com mais de 30 anos de história (veja aqui matéria a respeito).

Ao contrário do que afirma o Sr. John Neschling, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que tem regime de trabalho baseado na CLT, não nasceu do nada, sua estrutura foi iniciada a partir da vontade do governo de Minas em privatizar (Veja aqui) a Orquestra Sinfônica de MG (Regime Estatutário). Em todo o processo de privatização, os músicos sofreram com as pressões, precarização, vilipendio e assédio moral direcionada a nossa Orquestra. Tudo isso influenciado por uma corrente paulista na qual o pensamento vigente é de que o músico brasileiro não tem boa escola musical (veja aqui).

Graças ao amor pela música da maioria da nossa Orquestra, resistimos a tudo e a todos. Graças ao apoio da sociedade mineira, da luta de cada músico e de seguidas vitórias na Justiça, não conseguiram acabar com Orquestra pública de Minas. Hoje existem duas orquestras no estado, A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (com Regime Estatutário) e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (com regime CLT) . No final do processo, ao nosso ver, quem ganhou foi o povo mineiro.

No entanto, nossa batalha não chegou ao fim. Hoje reivindicamos a igualdade de tratamento, respeito, salário e contração concedido, por parte do governo, à Orquestra Filarmônica, seja também concedido para a verdadeira e reconhecida (veja aqui) entidade pública que é a nossa Orquestra. Mas, pelo menos estamos de pé, com a cabeça erguida lutando por nossos direitos. Foi assim que conquistamos a nossa existência. Sabemos e sentimos na pele o que estão passando nossos colegas da Orquestra Sinfônica Brasileira. Além de nossa solidariedade, tenham nossos votos de muita força para enfrentar esta situação absurda. Com muita garra, temos a certeza que vencerão os desafios e em nome da música não deixarão que a tirania, dos que quererem acabar com uma orquestra, passe por cima do seu patrimônio humano.

atenciosamente,

Associação dos Músicos da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.

A Diretoria/AMOS-MG