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País mais endividado do mundo tem déficit de US$ 188 bi em março

O déficit do Orçamento norte-americano somou US$ 188,1 bilhões em março, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (12) pelo Departamento do Tesouro. Foi o 30º mês consecutivo de saldo negativo nas contas do governo.

No acumulado do primeiro semestre fiscal de 2011, o déficit alcançou US$ 829,4 bilhões, um aumento de US$ 112,4 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado semestral é consequência de gastos no montante de US$ 1,849 trilhão e receitas de US$ 1,020 trilhão.

Déficit e dívida

A expectativa do governo Obama para o ano fiscal, que termina em 30 de setembro, é de um déficit de US$ 1,65 trilhão, valor significativamente maior do que o de 2010. No ano passado, o rombo nas contas americanas foi de US$ 1,29 trilhão.

Os Estados Unidos são o país mais endividado do mundo, embora se portem como se os débitos não fossem um problema, já que podem ser quitados, em teoria, através da mera impressão do dólar. A dívida pública, que se alimenta da capitalização do déficit, já está em torno de 100% do PIB (cerca de US$ 14 trilhões), a dívida externa somou US$ 13,45 trilhões em 2009 e o total do endividamento público e privado do país é estimado em mais de US$ 50 trilhões, quase quatro vezes superior ao valor total da produção.

A dívida e a queda do dólar

Neste ano o crescente déficit público foi objeto de grande polêmica no Congresso Nacional, com os republicanos reclamando maiores cortes e indicando a suposta necessidade de reduzir os modestos programas sociais do governo Obama. Os déficits e as dívidas crescentes estão por trás do declínio do dólar nos mercados cambiais e da chamada guerra cambial, mas o império não parece ter muitas alternativas e nem está disposto a acatar a dieta proposta pelo FMI para tais ocasiões, só efetivada em países mais pobres, como hoje na Europa é o caso de Grécia, Irlanda e Portugal.

A receita é óbvia: conter os gastos e o consumo, transformar déficit em superávit. O resultado costuma ser recessivo, mas os técnicos do FMI dizem que não há outro jeito de corrigir os desequilíbrios financeiros traduzidos no endividamento. Tio Sam não topa, inclusive porque se julga acima dos demais mortais, embora sua decadência seja flagrante e inapelável.

Da Redação, com agências