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CTB elogia defesa de ministro de substituir fator previdenciário

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, defendeu nesta quinta-feira (14) a substituição do fator previdenciário por outro mecanismo na concessão das aposentadorias. No entanto, o ministro disse que ainda não há uma definição no governo sobre essa troca. Para o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, a declaração do ministro é uma boa notícia.

O fator previdenciário é um cálculo usado para desestimular o trabalhador a solicitar a aposentadoria de maneira precoce. A fórmula leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida da população. Quanto mais novo o trabalhador requisitar a aposentadoria somada a uma expectativa de vida alta da população, o valor do benefício será menor.

“O governo ainda não tem uma conclusão, um projeto que leve a essa alternativa tendo em vista que o fator previdenciário representa um ganho de R$ 10 bilhões. Eu acredito que exista alternativa que poupe mais o previdenciário desse sacrifício, que represente o fator, que além do mais, não é muito transparente”, disse o ministro.

Durante o programa, numa referência à música de Chico Buarque de Hollanda, Garibaldi afirmou que o fator previdenciário é a “Geni” do sistema previdenciário, visto como “maldito” pela maioria dos aposentados. “Todo mundo atira nesse fator. Só espero não ser atingido. Ele não pode ser substituído simplesmente, precisamos achar uma alternativa melhor”, disse.

Boa notícia

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, a declaração do ministro é uma boa notícia, já que o fim do fator previdenciário está entre as principais lutas do sindicalismo brasileiro.

“É importante vermos que o governo tem se preocupando com essa questão, mas é preciso mais agilidade nesse processo. Ao longo dos oito anos do governo Lula nós batemos nessa tecla e essa herança do neoliberalismo ainda persiste”, disse o dirigente.

Em 2010, foi aprovada pelo Congresso Nacional uma emenda que acabava com o fator previdenciário, mas esta acabou sendo vetada pelo então presidente Lula.

Fonte: CTB, com informações da Agência Brasil