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Governo cria rede nacional de recolhimento de armas

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, anunciou nesta segunda-feira (18) a criação de uma rede nacional para o recolhimento de armas de fogo no Brasil. A rede será implementada a partir do dia 6 de maio, mesma data do lançamento da Campanha do Desarmamento. O objetivo é reduzir a violência e a criminalidade no país.

Haverá postos cadastrados para o recebimento das armas, sejam elas registradas ou não. A ideia é que o recolhimento seja feito pelas polícias civil, militar, federal e guardas municipais, além de ONGs e igrejas, e que o serviço esteja presente em todo o território nacional.

O Ministério da Justiça vai credenciar as igrejas e organizações que poderão receber as armas. Cada local terá a presença de policiais. Com o apoio dessas entidades, o governo federal quer facilitar a entrega de mais armas por parte dos brasileiros. “Qualquer brasileiro poderá devolver sua arma e receber a indenização devida e contribuir com um Brasil mais seguro”, disse o secretário executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto.

A lista com as igrejas e organizações autorizadas será divulgada na página do ministério na internet. Segundo Barreto, a arma será destruída na frente de quem a entregar, mas o método ainda não foi definido. A intenção é garantir que o objeto não volte às ruas.

Quem entregar uma arma nos postos de coleta da campanha de desarmamento não precisará fornecer dados pessoais para receber a indenização.

Ao manter o anonimato, o governo espera receber mais armas em comparação às outras campanhas, inclusive ilegais. “A nossa intenção não é saber a procedência da arma”, disse a secretária nacional de Segurança Pública, Regina Mikki, após a primeira reunião do Conselho de Desarmamento.

Nas duas campanhas nacionais anteriores, o cidadão que devolvia uma arma de fogo tinha de dar informações pessoais, como o número do CPF e de uma conta bancária, para o governo depositar a indenização. Na nova campanha, ao entregar a arma, o cidadão vai receber um protocolo para retirar o valor em uma agência do Banco do Brasil ou em caixas eletrônicos.

Cada cidadão poderá receber entre R$ 100 e R$ 300 por cada arma devolvida. Cerca de 10 milhões de reais serão destinados à iniciativa. A campanha não tem prazo para terminar e o esforço de criação da rede e recolhimento das armas será mantido durante todo o ano.

Com informação das agências