Duas agressões a profissionais de imprensa em 19 dias

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) vem a público repudiar mais um caso de agressão sofrida por profissionais da imprensa no exercício da profissão. Em menos de um mês, desde o último dia 21 de março de 2011, já são três os casos de agressão contra os trabalhadores.

Nesta terça-feira, 19 de abril, o auxiliar técnico da TV Jangadeiro, Eberval Carton, foi agredido por trabalhadores, quando participava da cobertura das manifestações da greve na Construção Civil, na Praça Portugal. De acordo com informações de testemunhas, Eberval entregava uma fita para o motoqueiro da emissora, quando foi surpreendido por manifestantes, com tapas nas costas.

Além deste caso, no último dia 31 de março, a jornalista Larissa Macedo, o repórter cinematográfico Fernando Apolo e o auxiliar Francisco Maxwell, todos da TV Ceará (TVC) também foram agredidos quando faziam a cobertura da greve dos trabalhadores na construção civil, em um canteiro de obras na avenida Beira-Mar. No episódio, Francisco Maxwell foi agredido fisicamente, o tripé da câmera foi danificado e o repórter cinematográfico perdeu os óculos.

Já a jornalista Sílvia Carla, assessora de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se), ficou uma hora e meia detida por seguranças do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), depois de fazer imagens de superlotação do setor de emergência daquele hospital. A intimidação aconteceu no dia 21 de março desste ano.

O Sindjorce repudia os atos de violência praticados contra os profissionais da imprensa e acredita que todos os trabalhadores, sem distinção, devem ter asseguradas as condições mínimas de segurança , respeito e dignidade para o pleno exercício profissional. A diretoria do Sindjorce solidariza-se com estes e com todos os trabalhadores da comunicação vítimas de violência e tentativa de cerceamento durante o exercício de sua profissão. Ao mesmo tempo, exige que sejam apurados, na forma da lei, todos os casos acima, para que agressões como estas não voltem a ocorrer no Ceará.

Fonte: Sindjorce