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Universitários chilenos rejeitam privatização

Federações universitárias do Chile uniram suas forças nesta capital em rejeição do modelo neoliberal, favorecedor do lucro no sistema de educação.

chile - Reprodução

Em declaração pública que circulou em Santiago, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) chamou a deter as práticas de "profundização privatizadora" no ensino superior.

"Estamos totalmente em desacordo que grupos ideológicos ou econômicos se imponham no sistema educativo e os estudantes sejam vistos como meros clientes de uma empresa e não como parte de uma instituição reflexiva, crítica e formativa", apontou a Confech.

"Exigimos do governo que detenha as práticas de profundização privatizadora que estão constantemente ameaçando ao sistema de Educação Superior", assinalou o agrupamento juvenil em solidariedade a cerca de 12 mil estudantes da Universidade Central.

Para a Confech, ainda que a referida casa de estudos tenha uma administração privada, seus estudantes e uma parte de seus acadêmicos assumem sua instituição com um fim público e de desenvolvimento do país e por isso se opõem à venda parcial do centro à Empresa de Inversiones Norte Sur.

Na opinião de Camila Vallejo, presidenta da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, a batalha do movimento universitário é contra o modelo que não só destrói as universidades públicas, também as privadas que assumem uma visão diferente.

Essa certa missão diferente, diz Vallejo, tem que ver com assegurar o ensino laico, o pluralismo, a democracia interna e que prevaleçam como instituições sem fins essenciais de lucro.

"Vimos a exigir do governo que se encarregue dos projetos educacionais que têm um fim público, independentemente de sua administração", declarou por sua vez o presidente da Federação de estudantes da Academia de Humanismo Cristão, José Escárate.

Não deve ser visto como paradoxo que alunos e docentes de instituições privadas lutem também contra a busca de utilidades como fim último em instâncias criadas em definitiva para a educação, destacou Patricio Indo, presidente dos estudantes da Universidade Diego Portales.

Ontem, estudantes de várias universidades públicas e privadas se uniram em uma marcha até o Ministério de Educação para protestar contra o lucro nas políticas do país.

Adiantaram que na próxima semana farão mobilizações em todas as regiões do Chile, orientadas basicamente à recuperação da educação pública no país.

Fonte: Prensa Latina