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Em marcha paralisação pela educação pública no Chile

Estudantes, professores, acadêmicos, trabalhadores e cidadãos chilenos em geral protagonizam hoje uma nova jornada de mobilização nacional em defesa da educação pública e gratuita.

Outra vez a Alameda de Santiago foi o palco escolhido pelos manifestantes para exigir o fim do lucro em todos os níveis de ensino e mostrar seu desacordo com as políticas privatizadoras impulsionadas pelo governo da direita.

A partir de 11 horas (hora local) desta quinta-feira (30) está prevista uma marcha desde a Praça Itália até a Praça dos Heróis, que será encabeçada pela Confederação de Estudantes de Chile, o Colégio de Professores e a Central Unitária de Trabalhadores.

Foram anunciadas também manifestações em Arica, Iquique, Antofagasta, A Serena, Coquimbo, Valparaíso, Concepção e Valdivia, entre outros pontos do Chile. O objetivo principal das mobilizações é organizar a construção de um projeto de educação garantida constitucionalmente como um direito social universal em todos seus níveis e sobre a base de um sistema de educação pública, gratuita e de qualidade.

Os organizadores esperam uma resposta em massa à convocação do que identificam como uma bandeira cidadã e social pelo apoio cada vez maior de amplos setores ao que começou como um movimento da comunidade educacional.

"Esperamos que tenha uma grande quantidade de gente, quiçá mais que a última jornada", disse o presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo, em alusão à manifestação de 16 de junho, quando marcharam mais de 100 mil chilenos na capital e outros 100 mil em diferentes cidades do país.

Gajardo ponderou o alcance da campanha e convocou todo mundo social, político, eclesiástico e parlamentar a se somar a ela, "porque aqui há um tema que nos interessa a todos e é transversal: recuperar a educação pública para o Chile".

Alicia Lira, presidenta do Agrupamento de Familiares de Executados Políticos, manifestou o apoio das organizações defensoras dos direitos humanos aos protestos contra a mercantilização da educação. "Para nós para além de lutar pela verdade e a justiça, nos interessam as políticas de país, nos interessa a educação que precisam nossos jovens", assinalou Lira.

Forças da esquerda chilena como o Partido Comunista, o Partido Esquerda Cristã de Chile, Juntos Podemos Mais e o Partido do Socialismo Allendista também aderiram à marcha. Participarão também os prefeitos da zona sul de Santiago, a Associação Nacional de Empregados Fiscais, a Associação Chilena de Bairros e Zonas Patrimoniais, os servidores públicos da Saúde Municipal, a Frente Ampla da Saúde Pública e a Coordenadora de Pais e Apoderados, grupos ambientalistas como Ação Ecológica e Patagônia sem represas, trabalhadores e servidores públicos do Ministério de Educação, entre outros.

Da redação, com Prensa Latina
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