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Evento aprofunda debate sobre desafios da área da saúde

Com o objetivo de promover um amplo debate sobre os entraves e desafios para o setor da Saúde no Brasil, a A Fundação Maurício Grabois (FMG) deu início, na manhã desta sexta-feira (29), ao seminário nacional "A Saúde no Projeto Nacional de Desenvolvimento". O evento, que se encerra na tarde de sábado (30), conta com a presença de parlamentares, gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde.

A atividade dá continuidade ao ciclo de discussões que a FMG tem feito sobre as reformas estruturais que o país precisa para levar adiante um novo projeto nacional de desenvolvimento.

"O fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o direito do povo à saúde de qualidade são questões estratégicas nesse sentido. Por isso reunimos essas pessoas envolvidas com a temática, para aprofundar um diagnóstico sobre o SUS, que é uma grande conquista. Mas, apesar de todo o trabalho que tem sido feito, sabemos que a população ainda sofre quando precisa de atendimento", disse Adalberto Monteiro, presidente da FMG.

Segundo ele, a ideia do seminário é produzir ideias e encontrar caminhos que fortaleçam uma frente política e social que possa lutar prlo fortalecimento do SUS, pela humanização do sistema e pela valorização dos profissionais e gestores do setor.

Uma das organizadoras do evento, a coordenadora de Saúde do PCdoB, Júlia Roland, afirmou que a atividade é um passo inicial no sentido de uma atuação organizada na luta pelo acesso e qualidade dos serviços de saúde, mas também no processo de elaboração e contrução do SUS. De acordo com ela, dos deabtes, devem sair subsídios para a 14ª Conferência nacional de Saúde, cujas etapas municipais já começaram.

"Vivemos um momento especial: um terceiro governo com um projeto mais avançado e, pela primeira vez, liderado por uma mulher. É um cenário favorável para obtermos conquistas na área da saúde, que é um setor que tem um papel importante no desenvolvimento, tanto pela questão social, de cuidar da população, quanto pelo lado econômico", disse Júlia Roland.

Segundo ela, o complexo industrial da saúde é o terceiro maior, ficando atrás apenas do setor de armamentos e de energia. No Brasil, a área da saúde emprega 10 milhões de pessoas.
 
Júlia destacou que os avanços obtidos na saúde sempre foram conquistados a partir da interação entre o movimento social, os trabalhadores da saúde e a academia. "Houve todo um movimento que culminou com a Constituição de 1988. Mas ainda há muitas questões não resolvidas, como o acxesso universal e de qualidade à toda a população", disse.

A deputada federal do PCdoB do Rio de Janeiro, Jandira Feghali, previu que o debate teria grande importância, por encaixar a política de saúde tanto dentro da visão humana, da política social, quanto na questão do desevolvimento econômico.

O evento está dividido em três mesas: "Saúde, Estado e Desenvolvimento Nacional", "Democracia e participação social na 14ª Conferência Nacional de Saúde" e "Gestão e financiamento da Saúde". A atividade ocorre com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

De São Paulo,
Joana Rozowykwiat