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Seminário de Paz em Cuba pede coexistência pacífica entre povos

O 2º Seminário de Paz pela abolição das bases militares estrangeiras inicia nesta quinta-feira (5) seus debates na cidade cubana de Guantânamo com um chamado e um convite à coexistência pacífica entre os povos no mundo.

Organizado pelo Conselho Mundial da Paz (CMP) e pelo Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos, o seminário conta com a delegação brasileira, presidida por Socorro Gomes, diretora do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz e do CMP), e abordará as diversas consequências acarretadas pelas intervenções militares para a soberania dos países.

“Essa questão (das intervenções militares) viola o direito internacional, viola o princípio da soberania das nações e dos povos e usurpa o território dos cubanos há mais de cem anos”, analisa Socorro. “O objetivo dos Estados Unidos é saquear e controlar os recursos naturais dos países, além de intimidar os povos para garantir governos submissos ao imperialismo", afirma ela.

O encontro reúne 71 delegados representantes de 36 nações, inclusive Cuba, que por mais de um século vem repudiando a presença norte-americana no território guantanameiro da cidade de Caymanera.

O seminário, que se estenderá até a próxima sexta-feira (6), defenderá a paz mundial e condenará as invasões militares como as sofridas pela Líbia, Afeganistão e Iraque.

Os eventos desta quinta terão como palco a cidade de Caymanera, região fronteiriça com a base militar imposta desde 1903 pelos Estados Unidos à ilha, na contramão da vontade do povo e do governo cubanos.

Guantânamo sedia, por imposição, a estação naval mediante o apêndice introduzido à Constituição de Cuba, conhecido como Emenda Platt. Diante desse adendo, os Estados Unidos se julgaram no direito de criar bases militares na região.

Em maio de 2010 foi realizada a 1ª Conferência Internacional pela Abolição das Bases Militares Estrangeiras, em Guantânamo, Cuba. O evento teve grande repercussão mundial, deflagrando ações contra bases estrangeiras em vários continentes.

Da redação, com agências