Obama quer reforma migratória que defenda roubo de cérebros
O presidente estadunidense Barack Obama solicitou nesta terça-feira (10) que se aprove uma reforma nas leis de migração do país que permitam a fuga de cérebros rumo aos Estados Unidos, país no qual estudam milhões de estrangeiros.
Publicado 10/05/2011 18:42
"Vejam o exemplo de Intel, Google, yahoo! e e-Bay. Todas essas empresas americanas, que criaram um número incontável de empregos e nos ajudaram a liderar o mundo no universo das indústrias de alta tecnologia, foram fundadas por imigrantes", assinalou Obama, durante um discurso proferido em El Paso, cidade do Texas que faz fronteira com o México.
"Nós não queremos que o próximo Google ou Intel seja criado na China ou na Índia, nós queremos que essas companhias e esses empregos tenham raízes nos Estados Unidos", agregou o chefe da Casa Branca.
Para Obama, legalizar quase 12 milhões de imigrantes sem documentos por meio dessa reforma é "um imperativo econômico".
"Não haverá uma imensa economia paralela que explore uma mão de obra barata ao mesmo tempo que diminui o salário de todos os demais trabalhadores", destacou o governante.
De acordo com ele, "já cumprimos nossa parte em assegurar as fronteiras e a oposição republicana deveria parar com suas queixas nesse sentido".
Horas antes de Obama iniciar o seu discurso, deputados do estado do Texas aprovaram uma medida que obrigaria a polícia do estado a fazer cumprir as leis federais de imigração, mesmo com a oposição de seus superiores.
Embora sem o mesmo teor de uma lei semelhante aprovada no estado do Arizona, a nova regra obriga a polícia a verificar o status migratório das pessoas.
Nesse aspecto, a governadora do estado do Arizona, Jan Brewer, informou na segunda-feira (9) que levará à Corte Suprema uma lei anti-imigrantes que, pela primeira vez na história dos Estados Unidos, converte a imigração ilegal em um delito estadual.
Jan perdeu no último dia 11 de abril, em primeira instância, uma apelação que fez contra a decisão de uma juíza federal, que impediu a entrada em vigor de algumas cláusulas da lei.
Entretanto, o Departamento de Justiça apresentou uma demanda para invalidar a legislação porque considera que prejudica os imigrantes que têm documentos e os assuntos de imigração estão sob a esfera legal do governo federal.
A lei SB1070 serve como inspiração para que outros Congressos estaduais nos Estados Unidos trabalhem em leis semelhantes, como a do estado da Flórida, cujos deputados debatem neste dias medidas semelhantes.
Com informações da Prensa Latina