Manobra na Assembleia evita críticas ao Governo Anastasia

Com 28 deputados em plenário, o deputado Inácio Franco(PV), que presidia a reunião ordinária no Plenário da Assembleia Legislativa, na utima quinta, 12/5, encerrou a reunião logo após a leitura da nota oficial do Executivo sobre o pagamento dos direitos trabalhistas dos 7.000 funcionários contratados da Fundação Hospitalar de Minas Gerais.

ANASTASIA

O quórum mínimo regimental para discussão é de 26 deputados e não houve qualquer esforço para a continuidade dos trabalhos.

O deputado e presidente da Comissão de Saúde, Carlos Mosconi(PSDB), leu a nota oficial do governador Anastasia e solicitou encerramento da reunião. Apesar do protesto dos deputados do Bloco Minas Sem Censura e do quórum existente para o debate, a reunião foi encerrada. A manobra da base do governo teve objetivo de evitar que os deputados da Oposição ocupassem a tribuna para criticar as más condições da Saúde no Estado e a denúncia veiculada na imprensa de golpe milionário montado dentro do Instituto Estadual de Florestas – IEF, durante o governo Aécio Neves, coordenado pelo homem de confiança do então governador – Humberto Candeias.

Em nota, os deputados do Bloco Minas Sem Censura repudiaram a “truculência tucana” na Assembleia Legislativa e criticaram o cerceamento do debate e da livre informação que repercutiria pela TV Assembleia e veículos de imprensa presentes. E avisaram “O Minas Sem Censura avançará na apuração desses e de outros fatos de corrupção envolvendo o governo tucano, e ficará vigilante no funcionamento da própria ALMG.”

Leia a íntegra da nota do Bloco Minas Sem Censura

TRUCULÊNCIA TUCANA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS:

ESCÂNDALO DO IEF DERRUBA SESSÃO DESTA QUINTA

O bloco Minas Sem Censura vem a público repudiar a atitude da base do governo Anastasia na ALMG, que impediu a continuidade dos trabalhos da sessão legislativa ordinária, desta quinta-feira, dia 12 de maio de 2011, após a leitura de uma nota do governo estadual acerca das questões da saúde em Minas Gerais.

O encerramento “de plano” da reunião, sem qualquer esforço de verificação e recomposição de quórum, além de ser um desrespeito ao povo de Minas e um escárnio com o dinheiro público, representa uma indisfarçável manobra para evitar que temas delicados fossem tratados no decorrer da sessão.

O principal deles é a denúncia veiculada na imprensa acerca do golpe de milhões de Reais, armado dentro do Instituto Estadual de Florestas – IEF, durante o governo Aécio Neves, coordenado pelo homem de confiança do então governador – Humberto Candeias.

Só nas contas pessoais dos envolvidos passaram cerca de 10 milhões de Reais! No entanto, pelas gravações telefônicas, feitas com autorização judicial, essas cifras se mostram muito mais polpudas. Segundo fontes que devem ser mantidas em sigilo, as gravações revelam também nomes do primeiro escalão do governo Aécio, que seriam beneficiários do citado esquema.

Assim, o MSC associa a suspensão da sessão ordinária nesta quinta-feira, na ALMG, a mais uma ação de cerceamento do debate e da livre informação que repercutiria pela TV Assembleia e em boa parte dos veículos de imprensa presentes. Impossibilitados de segurar o “fato jornalístico”, que é o escândalo do IEF, a base tucana, sob a determinação direta do Secretário Danilo de Castro, que demonstrou interesse pessoal para que não se realizasse a sessão, simplesmente suspendeu os trabalhos.

Num momento em que a sociedade e a própria imprensa cobram mais trabalho e mais efetividade do parlamento estadual, deputados da base tucana preferem arcar com o desgaste de “derrubar” os trabalhos legislativos, tudo em nome de blindar autoridades do primeiro escalão do referido governo.

O MSC avançará na apuração desses e de outros fatos de corrupção envolvendo o governo tucano, e ficará vigilante no funcionamento da própria ALMG.