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Dalai-lama tem “porta aberta” para retornar do exílio, diz China

O dalai-lama tem "a porta aberta" se quiser retornar à China após mais de meio século no exílio. É o que garantiu Padma Choling, presidente da Região Autônoma do Tibete, vinculada ao governo chinês.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (19), Choling — que tem etnia tibetana e é membro do Partido Comunista da China — lembrou que o dalai-lama "não fez nada de bom pelos tibetanos desde que fugiu do país em 1959". Mas seu retorno "depende do próprio".

"A porta está aberta, e ele conhece a posição do governo central", assegurou o presidente regional tibetano, em declarações citadas pela agência Xinhua. Segundo ele, não há nenhuma possibilidade de negociação com o governo tibetano no exílio, com sede em Dharamsala (Índia) e ligado ao dalai-lama.

Há séculos, o Tibete é parte inseparável do território chinês. Choling destacou que o único governo legal que representa os tibetanos é o da região autônoma representada por ele, e assinalou que nenhum país do mundo o reconhece.

O líder comunista também rejeitou o processo de sucessão do governo tibetano no exílio, realizado em abril, pelo qual o dalai-lama se aposentou da política e o professor Lobsang Sangay foi eleito novo primeiro-ministro por sufrágio universal. "Não importa que tenha se aposentado ou não. O dalai-lama não tem permissão para sabotar a felicidade dos tibetanos.”

Da Redação, com agências