Sem categoria

Irã considera EUA o principal perdedor com revoltas árabes

As revoltas em países árabes levam os Estados Unidos a uma situação "desesperada e de colapso", destacou o chefe da Segurança Nacional do Irã, Said Jalili, em declarações à imprensa neste domingo (22).

"Washington mergulhou num lodaçal durante anos por seu apoio ao regime sionista de Istael e aos governos ditatoriais da região como os de Ben Ali Hosni Mubarak", assinalou Jalili em alusão aos presidentes depostos da Tunísia e do Egito.

Segundo o chefe do Conselho Supremo de Segurança Nacional, "o despertar islâmico no mundo árabe deixou muito claro que as políticas estratégicas estadunidenses de há 70 anos atuaram em contradição com as causas e interesses dos povos do Oriente Médio".

Um comunicado de imprensa do Conselho Supremo de Segurança Nacional indicou que Jalili criticou o apoio histórico da Casa Branca a Ben Ali, Mubarak e outros regimes árabes, e opinou que agora o governo norte-americano "não pode livrar-se da falácia".

A administração estadunidense "é o real perdedor das revoluções no norte da África e do Oriente Médio", insistiu a instituição do governo iraniano em uma primeira reação ao discurso do presidente Barack Obama sobre sua política para o Oriente Médio.

Para Jalili, "o desespero, as contradições e o engano são visíveis no discurso de Obama e seu aberto apoio ao regime judeu revelou a natureza racista dos políticos norte-americanos".

O próprio primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rechaçou o chamamento do mandatário estadunidense para estabelecer um Estado palestino independente respeitando as fronteiras existentes em 1967 antes da ocupação sionista de seus territórios.

Netanyah justificou sua negativa alegando que um Estado baseado nessas fronteiras deixaria Israel "indefensável" e disse estar preparado para fazer "generosas concessões" pela paz no Oriente Médio, mas descartando a idéia do Estado independente.

Fonte: Prensa Latina