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Obama faz discurso de adulação ao Reino Unido

A aliança entre Estados Unidos e Reino Unido permanece "indispensável", apesar da emergência de novas lideranças internacionais, como o Brasil, disse nesta quarta-feira (25), em Londres, o presidente estadunidense Barack Obama, em discurso pronunciado no parlamento diante de políticose outras personalidades britânicas.

"À medida em que mais países assumem responsabilidades de liderança global, nossa aliança permanecerá indispensável para alcançarmos um século mais pacífico, próspero e justo", disse Obama durante o encontro, realizado em Londres.

"Países como China, Índia e Brasil estão crescendo muito rapidamente. Devemos aplaudir esse desenvolvimento que tirou centenas de milhões da pobreza e criou novos mercados e oportunidades para nós mesmos", começou, para em seguida dizer que a emergência dessas novas lideranças não significará o fim do imperialismo britânico e americano.

"Este argumento está errado. O momento para nossa liderança é agora", disse. "Em uma época em que desafios e ameaças pedem que nações atuem em conjunto, permanecemos os grandes catalisadores para ações globais", afirmou.

O discurso ao Parlamento britânico é considerado pela mídia corporativista como "o principal evento" da visita de três dias do presidente americano ao Reino Unido. Na quinta-feira ele embarca para a França e visita ainda a Polônia antes de encerrar seu giro europeu, iniciado na Irlanda.

Pouco antes do discurso aos políticos, Obama e o premiê britânico, David Cameron, fizeram uma fastidiosa defesa da agressão militar militar realizada pela Otan contra a Líbia.

Segurança a Israel

Antes de viajar para a Europa, na segunda-feira (23) Obama fez um discurso na principal asssociação sionista americana, a AIPAC, procurando reafirmar que a política de seu país em relação a Israel não mudou, após o discurso em que afirmou querer o estabelecimento de um estado palestino dentro das fronteiras de 1967, algo considerado "inadmissível" pelo regime sionista.

Diante dos membros do AIPAC, Obama refez a promessa de que o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel é "inabalável". "Mesmo que de vez em quando discordemos, como amigos fazem às vezes, as relações entre os Estados Unidos e Israel são inquebrantáveis, e o compromisso dos Estados Unidos com a segurança de Israel é inabalável", reafirmou.

Obama também assegurou aos presentes que seu país irá "além" da assistência militar regular ao regime sionista, sustentando a "superioridade qualitativa militar de Israel" em relação aos vizinhos e ao povo palestino.

Sem forças de defesa

Demonstrando que a retórica de seu discurso anterior tem cunho apenas midiático e eleitoreiro, Obama reafirmou ser contrário ao movimento na ONU pelo reconhecimento do Estado Palestino. Para ele, a questão não deve ser "imposta" a Israel e o voto das Nações Unidas "nunca criará um Estado palestino", omitindo que foi a própria organização que criou artificialmente o Estado de Israel em 1948.

Além de defender um estado palestino submisso a Israel no quesito segurança, já que não admite que a Palestina tenha forças de defesa, Obama quer que as fronteiras de Israel e Palestina sejam apenas "baseadas" nas linhas de 1967, "com as mudanças de acordo mútuo, para que sejam estabelecidas fronteiras seguras", algo que pode ser interpretado como quiser pelos israelenses.

Com agências