África do Sul: agressão da Otan à Líbia atrapalha esforços de paz
Os bombardeios da Otan estão minando os esforços de mediação de paz das nações africanas na Líbia, afirmou em uma transmissão de TV o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, durante uma visita a Trípoli para uma conversa com Muamar Kadafi.
Publicado 30/05/2011 19:58
Os ataques aéreos do Pacto Militar ocidental contra o país estão atrapalhando as tentativas africanas de negociar a paz, disse Zuma antes do encontro com Kadafi, numa entrevista transmitida na África do Sul.
"Até mesmo a visita ao país teve que ser adiada por causa dos bombardeios", explicou Zuma referindo-se à missão da União Africana (UA) na Líbia.
"Sempre temos que pedir permissão à Otan para entrar na Líbia", mesmo em nosso caso, disse. "Eu acredito que isso, de alguma maneira, compromete a integridade da União Africana".
Zuma foi a Trípoli nesta segunda-feira encontrar-se com Kadafi para discutir o fim do conflito, depois da visita de um alto oficial da UA em abril.
"Nós não podemos permitir que esse conflito dure mais tempo", disse ele à emissora pública SABC.
"A situação complica à medida que o tempo passa, isso pode terminar de uma maneira muito infeliz para a Líbia e talvez para o próprio Kadafi," afirmou o presidente sul-africano.
Segundo a assessoria da presidência da África do Sul, Zuma está buscando um cessar-fogo imediato como tentativa de aumentar a ajuda humanitária e facilitar as reformas necessárias para eliminar a causa dos conflitos que eclodiram durante os protestos contra o governo, em meados de fevereiro.
Com agências