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Iêmen: combates deixam 15 mortos e incerteza sobre presidente

Os confrontos armados continuam, nesta terça (07), no sul de Iêmen, com balanço de 15 mortos. Enquanto isso, manifestantes pressionam pela transição, em meio à grande incerteza sobre o futuro do presidente Alí Abdulah Saleh, que sofreu queimaduras em 40% do corpo e tem um pulmão comprometido, como consequência do atentado que sofreu na sexta (03), segundo altos funcionários americanos citados pela cadeia CNN.

Fontes médicas informaram que nove militares e seis milicianos supostamente vinculados à Al-Qaeda morreram em choques registrados ontem à noite, em Zinjibar, e que se prolongaram durante a madrugada, quando o Exército abriu fogo contra combatentes, tentando recuperar essa localidade da província de Abyan.

Zinjibar foi tomada em 27 de maio por muçulmanos radicais, membros de um agrupamento armado identificada como Partidários da Sharia, que anunciou sua intenção de instalar um emirado islâmico, justo quando Iêmen atravessa grande instabilidade pelos protestos contra Saleh.

Na capital, são registrados vários confrontos entre membros da tribo rebelde Hashed, liderada pelo xeique Sadeq Ahmar, e homens das forças de segurança. Os choques ameaçam abortar uma trégua pactuada pelo vice-presidente, Abd-Rabbu Mansour Hadi, com Ahmar. Informações dão conta de que ao menos três pessoas morreram quando franco-atiradores dispararam contra milicianos tribais no norte de Sana.

Enquanto isso, os manifestantes que protestaram nas ruas para exigir a saída de Saleh disseram ser favoráveis a um processo de transição que exclua a possibilidade de que o chefe de Estado regresse ao país, como havia anunciado o vice-presidente Hadi.

Saleh, que recebe tratamento médico na Arábia Saudita e que cedeu seus poderes provisoriamente a Hadi, tem graves ferimentos e uma lesão no peito de sete centímetros de profundidade. Fontes colocam em dúvida se o presidnete poderá voltar a desempenhar seu cargo.

Saleh chegou no domingo (05) à base aérea Rei Khalid, na Arábia Saudita, e de lá foi conduzido a um hospital militar onde permanece internado. A partida do presidente estimulou celebrações de multidões de manifestantes que tentam há meses pôr fim há um regime de 33 anos.

Com agências