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Ataque dos EUA com avião não-tripulado mata 8 no Paquistão

Um ataque com avião não-tripulado dos Estados Unidos matou nesta quarta-feira (8) ao menos oito pessoas na região do Waziristão, reduto do grupo islâmico Talibã no Paquistão. O número de mortes pode ser maior e a emissora de TV paquistanesa Express fala em ao menos 19 vítimas, todas supostos militantes do Talibã.

A aeronave lançou quatro mísseis contra uma casa na zona de Shawal, perto da fronteira afegã, segundo a Express. Este é o quarto ataque com avião não-tripulado em cinco dias. Um deles teria matado o paquistanês Ilyas Kashmiri, um dos principais comandantes militares da Al Qaeda. A informação ainda não foi confirmada pelos EUA nem pelo Exército paquistanês.

Segundo uma apuração do comitê de especialistas americanos New America Foundation, foram 35 ataques de aviões espiões em regiões paquistanesas apenas este ano.

Há um ano, Washington pressiona Islamabad para que lance uma ofensiva contra os talibãs no Waziristão do Norte, onde acredita que se escondem grupos refugiados do Afeganistão. Durante as últimas semanas, a imprensa paquistanesa especulou sobre a possibilidade de o Paquistão decidir lançar a ofensiva em breve.

Os militares americanos não confirmam a maioria dos ataques de aviões não-tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.

Oficialmente, Islamabad nega a autorização dos ataques de aviões não-tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.

Para atacar supostos militantes escondidos em regiões montanhosas, o programa de aviões não-tripulados tem apoio no Congresso norte-americano e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama – que já realizou mais destes ataques do que nos oito anos do governo de George W. Bush.

Da redação, com informações da Folha.com