Bombeiros: Habeas corpus não é anistia. Ato domingo é confirmado

A população do Rio de Janeiro recebeu com muita alegria a liberdade dos 439 bombeiros presos por meio de um habeas corpus. Entretanto, os bombeiros garantem que o movimento vai continuar até a anistia de todos os envolvidos e confirmaram o protesto para este domingo (12).

Em frente à Alerj, onde os bombeiros estão acampados durante toda a semana, a notícia da libertação dos 439 bombeiros foi comemorada com muita festa. Os militares receberam habeas corpus, na madrugada de dia 10, depois que o desembargador Cláudio Brandão considerou que 'as prisões não mais se justificavam'.

Na Alerj, os bombeiros também receberam o apoio dos professores da rede pública estadual, que estão em greve desde o dia 7. Da mesma forma, representantes das associações de soldados e cabos da Polícia Militar e da Polícia Civil prestaram seu apoio ao movimento.

O habeas corpus que concedeu a liberdade aos bombeiros foi obtido por parlamentares da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados – os responsáveis foram os deputados Alessandro Molon (PT-RJ), Dr. Aluízio (PV-RJ) e Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).

Segundo o deputado Protógenes, a ideia de entrar o recurso veio após percorrer as unidades militares e observar as condições precárias em que estão os bombeiros.

No dia 9, o governo estadual anunciou a antecipação do reajuste de 5,58% nos salários da categoria, dos agentes penitenciários e policiais civis e militares. A medida representa R$ 78,18 no contracheque do soldado solteiro e sem filhos e R$ 82,49 a mais se tiver dependentes. No quartel de Charitas, em Niterói, o aumento foi recebido com ironia pelos presos. Perfilados, mandaram recado ao governo: “Cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, cidade maravilhosa, pior salário do Brasil!”.

Atualmente os bombeiros do Rio de Janeiro têm o pior salário do Brasil (veja na foto). Em primeiro lugar, aparece Brasília, com o salário de R$ 4.129,73. Depois vem Sergipe e Goiás.