Número de mortes violentas triplica no Rio de Janeiro
Apesar da redução das taxas de homicídio no Rio de Janeiro, o número de mortes violentas com “intenção indeterminada” triplicou nos últimos anos. São mortes causadas por causas externas, mas não esclarecidas – isto é, quando não se sabe se o indivíduo foi vítima de assassinato, acidente ou suicídio.
Publicado 10/06/2011 19:50
De acordo com o Datasus, banco de dados do Ministério da Saúde, o estado teve 1.676 mortes violentas sem causa especificada em 2006. No ano seguinte, o primeiro da gestão Cabral, elas subiram 90,4% (3.191 ocorrências). Em 2009, esse tipo de registro chegou a 5.647 casos. Isso significa que, neste ano, pelas estatísticas oficiais, houve o registro de mais mortes “indeterminadas” que homicídios confirmados (4.198).
Por meio de nota, a subsecretária de Vigilância em Saúde do Rio, Hellen Miyamoto, informou que a secretaria assinou, há dois meses, convênio com o Instituto de Segurança Pública (ISP), responsável pelas estatísticas criminais no estado, “justamente para esclarecer a causa destas mortes”. Segundo ela, os casos relacionados aos anos de 2009 e 2010 serão reavaliados.
Há três anos, a antropóloga Ana Paula Miranda foi demitida da direção do ISP após a entidade ter registrado um número recorde de mortos pela polícia. Em seu lugar, foi nomeado o ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e atual comandante da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte. Coincidência?
Fonte: CartaCapital