Sem categoria

Presidente da Síria pede diálogo e fala em nova Constituição

Após uma onda de manifestações em diferentes regiões da Síria nesta segunda-feira (20), o presidente Bashar al-Assad, pediu um diálogo nacional, que poderia resultar em uma nova Constituição. Em São Paulo, a comunidade síria se manifesta contra as tentativas de desestabilização no país.

síria_manifestação

Em um discurso pronunciado na Universidade de Damasco e exibido pela televisão estatal, Assad afirmou que "é possível dizer que o diálogo nacional é o lema da próxima etapa". "O diálogo nacional poderia resultar em emendas da Constituição ou em uma nova Constituição", completou. Assad também citou a possibilidade de anulação do artigo que concede a hegemonia ao partido Baath, que governa o país há 40 anos.

Esta medida é uma das principais reivindicações da oposição. Assad advertiu ainda que a economia da Síria está sob a ameaça de um "colapso". "É preciso trabalhar para devolver a confiança à economia síria porque existe um risco de colapso". "Temos que buscar um modelo conveniente à Síria", completou.

No discurso, o terceiro que pronuncia em público desde o início das manifestações, Assad voltou a denunciar uma "conspiração" contra a Síria e afirmou que não fará reformas em meio ao caos. "Os responsáveis pelo derramamento de sangue prestarão contas", disse. O governo sírio enfrenta desde 15 de março um movimento de protestos sem precedentes no país.

Manifestações da comunidade síria

A comunidade síria manifestou-se neste domingo (19) em São Paulo contra as provocações e tentativas de desestabilização do país promovidas pelo imperialismo estadunidense e o sionismo israelense. Estavam presentes também políticos brasileiros, como o vereador Jamil Murad (PCdoB-SP), e entidades de solidariedade, entre elas o Cebrapaz e a Fearab de São Paulo.

“Estamos aqui para expressar nossa união, nossa solidariedade, nosso apoio ao nosso país, a Síria, e repudiamos todas as conspirações planejadas contra o país, com mo objetivo de golpear sua união nacional e suas firmes posições nacionais. Desaprovamos a intervenção ocidental imperialista, liderada pelos Estados Unidos e países europeus, nos assuntos internos da Síria, para servir aos interesses de Israel, visando a dividir a Síria como fizeram no Iraque”. Esta é a síntese do manifesto assinado pela “Coletividade Árabe-Síria do Brasil”.

O vereador Jamil Murad em seu discurso lembrou a visita que fez ao país como representante do PCdoB em dezembro de 2005, ao lado do presidente do partido Renato Rabelo, e do então secretário de Relações Internacionais, José Reinaldo Carvalho. Disse que a impressão que o presidente Bashar Assad deixou é a de ser um “homem do diálogo”.

A presidente do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, Socorro Gomes, repudiou as tentativas do imperialismo norte-americano e do sionismo israelense de impor seu domínio no Oriente Médio através do terrorismo de Estado e hipotecou “total solidariedade ao povo sírio em sua luta para defender a sua soberania nacional e autodeterminação”.

Da redação, com agências