Cristina Kirchner anuncia candidatura à reeleição

A presidenta fez o anúncio ao lado de todos os ministros do seu gabinete em um dos salões da sede da Presidência argentina, a Casa Rosada.

“Eu já tinha tomado esta decisão naquele dia em que milhares de pessoas gritaram ‘força Cristina’, quando elas passaram aqui [pela Casa Rosada] para se despedir dele”, disse a presidenta, em referência ao dia do enterro de seu marido e antecessor, Néstor Kirchner (2003-2007), em outubro do ano passado. Desde então, Cristina Kirchner aparece em público sempre vestindo roupa preta.

Há meses a Argentina vivia na expectativa sobre o que a presidente ia decidir. O anúncio foi feito a quatro dias do prazo limite para a formalização candidaturas presidenciais, neste sábado (25). Até o fim de semana, Cristina Kirchner terá que escolher o candidato a vice da sua chapa.

Agora a disputa sucessória começa para valer na Argentina. O primeiro turno da eleição presidencial será em 23 de outubro.

“Eu não renunciarei ao meu compromisso e não somente pela memória dele [Kirchner] mas também pelos jovens. Espero ser uma ponte entre as novas e as velhas gerações, e vamos seguir adiante”, disse com olhos marejados.

Cristina Kirchner fez um mandato combativo, marcado pelos esforços para vincar uma corrente nacionalista-popular. Enfrentou interesses poderosos. Logo nos primeiros meses do seu governo teve um duro embate com a grande burguesia agrária. Com rara coragem, enfrentou também a mídia golpista e reacionária. Fez a “Ley de Medios”, contra o monopólio da mídia, demonstrando a radicalidade de seu comprommisso democrático.

Com agências