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Rio de Janeiro antecipará reajuste para policiais e bombeiros

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nessa terça-feira (28) a antecipação das parcelas referentes aos meses de agosto a dezembro do reajuste aprovado para policiais civis e militares, bombeiros e inspetores de Segurança do Estado há um ano. Em julho, a antecipação já contará com o aumento de 5,58%. As negociações sobre o aumento salarial foi o motivou o Corpo de Bombeiros na realização da manifestação que acabou com 429 bombeiros e dois PMs presos no começo do mês de junho.

Também foi aprovado o projeto de lei que permite o uso do Fundo Especial do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro (Funesbom) com despesa de pessoal. A intenção da proposta é permitir o seu uso para pagamento de "remuneração especial por mérito, por capacitação, pelo exercício de encargos extraordinários, por lotação e por desempenho", como explicou o governador Sérgio Cabral (PMDB) em sua justificativa.

Entretanto, nenhuma emenda adicional foi aprovada. O líder do governo na Casa, deputado André Corrêa (PPS), alegou que propostas como a que concedia vale-transporte aos bombeiros, serão dadas via decreto.

"Todas as emendas apresentadas representam aumento de despesa, ferindo a prerrogativa do governo", disse Correa. O texto será enviado à sanção de Cabral (PMDB).

Bombeiros na cadeia

Cerca de 2 mil bombeiros que protestavam por melhores salários invadiram o quartel do Comando-Geral da corporação, na praça da República, em 3 de junho. Os manifestantes chegaram a usar mulheres como escudo humano para impedir a entrada da cavalaria da Polícia Militar no local. No entanto, o Batalhão de Choque da PM (Bope) invadiu o quartel por volta das 6h do dia seguinte e prendeu 429 bombeiros e dois PMs.

Após os manifestantes acamparem em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi concedido habeas-corpus aos detidos e os bombeiros começaram a ser libertados na noite de 10 de junho. No dia 13, a Justiça aceitou denúncia do Ministério Público e tornou réus os 431 militares por motim, dano em material ou aparelhamento de guerra, dano em aparelhos e instalações de aviação e navais e em estabelecimentos militares.

A situação vinha se tornando mais tensa desde maio, quando uma greve de guarda-vidas, que durou 17 dias, levou cinco militares à prisão. A paralisação acabou sendo encerrada por determinação da Justiça. Segundo eles, os profissionais recebem cerca de R$ 950 por mês.

Fonte: Terra, com informações d'O Dia