Filmes produzidos no Piauí estão em circuito nacional

Selecionado pelo projeto Revelando os Brasis, o Piauí apresenta dois filmes dentro do Circuito Nacional de Exibição

Nos dias 27, 29 e 31 de julho, as cidades de Teresina, Colônia do Gurguéia e Gilbués receberão o Circuito Nacional de Exibição do projeto Revelando os Brasis, que está percorrendo todas as regiões do país desde o dia 16 de junho.

O Piauí foi contemplado pelo fato de ter dois documentaristas selecionados pela organização com a produção dos filmes “O Tempo e a História”, que tem roteiro, direção e produção do pedagogo Allan Aquino, da cidade Gilbués; e “Os Sonhos de Manoel Messias”, que tem roteiro, direção e produção do funcionário público Rafael Pereira da Rocha, da cidade de Colônia do Gurguéia.

No documentário, Allan Aquino destaca o cotidiano, os causos, as dificuldades e esperanças vividas pelos garimpeiros no extremo sul piauiense. Os temas são retratados de forma simples pelos garimpeiros que contam suas experiências e se emocionam ao falar da saudade da época áurea do garimpo. O enredo traz à tona todo o amor e devoção destes sertanejos pela terra, revelando uma relação de fé e esperança com o garimpo.

Rafael Pereira da Rocha, no documentário “O Sonho de Manoel Messias”, mostra a história de uma infância difícil, de superação, de perdão e de um sonho a ser realizado: se tornar cantor de toadas de grandes rodeios e gravar um CD.

Neste ano, o Revelando os Brasis é formado por 22 documentários e 18 ficções. Com roteiro, produção e direção dos autores selecionados, as histórias tratam de diferentes temas que registram a memória e a diversidade cultural brasileira.

O Circuito Nacional de Exibição percorrerá todas as regiões brasileiras em 45 dias, levando caminhões equipados com projetores, telas de cinema e cadeiras para exibições abertas e gratuitas de documentários e ficções produzidos por moradores de cidades pequenas.

O projeto, realizado pelo Instituto Marlin Azul, com apoio da Petrobras e parceria estratégica da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, apresenta 40 vídeos feitos a partir de histórias contadas por moradores de pequenas cidades brasileiras.

Abrangendo as cinco regiões brasileiras, o circuito da quarta edição percorrerá em 45 dias localidades dos estados de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Criado em 2004, o Revelando os Brasis promove a inclusão e formação audiovisual através do estímulo à produção de vídeos digitais. A iniciativa, dentre outros objetivos específicos, possibilita o acesso dos moradores às novas tecnologias para que possam contar suas histórias, valorizar a identidade local, preservar as manifestações regionais e possibilitar o contato dos brasileiros com um rico acervo histórico, geográfico e cultural do país.

O Revelando os Brasis é desenvolvido em etapas. Na primeira é realizado o Concurso Nacional de Histórias voltado aos moradores de cidades com até 20 mil habitantes. Os 40 autores das histórias selecionadas, na segunda fase, participam de uma oficina audiovisual, no Rio de Janeiro, onde aprendem, com a orientação de profissionais renomados do cinema, todas as etapas de realização de um vídeo, incluindo noções sobre roteiro, produção, direção, som, fotografia, direção de arte, edição, comunicação e mobilização. Na terceira etapa, os autores retornam às cidades para a realização do vídeo com recursos e o acompanhamento técnico do projeto. Num processo de mobilização popular, familiares, vizinhos, amigos e artistas locais são estimulados a integrar as equipes, desempenhando funções artísticas, técnicas e de apoio.

A quarta etapa é marcada pelo Circuito Nacional de Exibição. As obras são apresentadas em sessões abertas e gratuitas nas 40 cidades selecionadas e nas capitais dos estados envolvidos.

Para completar o processo de democratização audiovisual, as 40 obras são reunidas em um kit de DVDs, contendo as histórias e making ofs da produção e do circuito de exibição, são distribuídas para bibliotecas, escolas públicas, pontos de culturas, cineclubes e órgãos públicos ligados à educação e à cultura. Os vídeos são ainda exibidos em mostras e festivais nacionais e internacionais. Desde a criação do projeto, há sete anos, foram realizadas 160 obras audiovisuais feitas por moradores de pequenas cidades.

Fonte: Meio Norte clique para ler a matéria no site.