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Otan amplia ataques na Líbia para facilitar avanço da oposição

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) intensificou, nesta quarta (06), seus bombardeios no leste da capital líbia, enquanto o governo o líder Muamar Kadafi interceptou novamente um carregamento de armas do Catar para os opositores.

Tudo isso ocorre num momento em que a França anunciou que iria suspender a liberação de armas para os insurgentes, ao considerar que "já não é necessário", pois os amotinados já alcançaram certo grau de autonomia política e se abastecem por terceiros.

A televisão estatal relatou que aviões da Otan atacaram áreas do oeste e sudoeste de Trípoli, para facilitar o avanço da oposição à capital. O porta-voz Ibrahim Moussa confirmou que 11 pessoas foram levadas a bordo de dois barcos na costa da Janzour, a oeste da capital, quando introduziram armas supostamente enviada pelo Catar.

Ibrahim disse que o arsenal é composto de cem fuzis de assalto de fabricação belga e milhares de munições de diversos calibres. Ele observou que a ação do Catar vem dias após a notícia de que a França reconheceu que forneceu armas por via aérea para os rebeldes na região montanhosa de Nafusa.

Analistas disseram que a ação violou a resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que autorizou a criação de uma zona de exclusão aérea só para "proteger os civis".

O ministro da Defesa, Gerard Longuet, disse que a França suspendeu o lançamento de armas por paraquedas aos rebeldes, porque "já não é necessário". Ele não se referiu ao rechaço da Rússia e da China, entre outras nações, à entrega destas armas, o que viola a Resolução 1973.

Por outro lado, o Senado dos Estados Unidos abandonou seus planos de votar na terça-feira uma resolução simbólica que autoriza a participação dos EUA na ofensiva na Líbia, depois que vários republicanos solicitaram que o congresso de concentrasse nos problemas da dívida do país.

Fonte: CubaDebate