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Dieese registra deflação em SP, depois de 39 meses de alta

O Índice do Custo de Vida (ICV) da capital paulista, medido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), teve queda de 0,34% em junho. A deflação, a primeira desde fevereiro de 2008, foi influenciada pela queda dos preços de transportes (-2,07%) e alimentação (-0,83%).

O terrorismo em torno da evolução da inflação levou o Banco Central a promover três altas consecutivas dos juros básicos (Selic), a despeito das críticas feitas por representantes dos trabalhadores e da indústria. Agora resta saber se o órgão vai reduzir a taxa.

Alimentação

No caso do grupo alimentação, a queda foi puxada pelo subgrupo dos produtos in natura e semielaborados, que caíram 2,75%. Por causa da sazonalidade, as frutas tiveram redução de preço de 11,45%, com destaque para o morango (-20,91%), a laranja (-16,75%) e o abacaxi (-10,5%).

As raízes e tubérculos recuaram 6,88% e as aves e ovos foram vendidas por preços, em média, 3,87% mais baixos. Os produtos industrializados, no entanto, ficaram 0,66% mais caros, assim como a alimentação fora de casa, com alta de 0,78%.

A redução das despesas com transporte foi reflexo da queda dos preços dos combustíveis: -10,81% no caso do etanol e -3,5% no da gasolina. O preço médio das tarifas de transporte coletivo não variou.

Os gastos com habitação aumentaram 0,71%, sendo 0,46% em locação, impostos e condomínio, e 3,51% em conservação do domicílio. O índice deste subgrupo está relacionado ao aumento de 6,76% na mão de obra da construção civil.

Os preços dos itens de saúde apresentaram alta de 0,26%, sendo 0,27% para medicamentos e produtos farmacêuticos e 0,26% para assistência médica.

As despesas pessoais subiram 0,48%, aumento influenciado pela alta de 0,89% nos serviços de higiene e beleza.

Fonte: Agência Brasil