Senado cobra explicação de Tombini para altas taxas de juros

Inflação em queda, elevação da classificação de risco da dívida soberana, redução da pobreza, aumento da oferta de empregos e maior mobilidade social. Este foi o quadro descrito pelo Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, nesta terça-feira (06/07), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Mas apesar do cenário favorável, a alta taxa de juros praticada no Brasil preocupa muitos senadores.

Para a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) as taxas de juros ainda adotadas no país são responsáveis pelo empobrecimento da população brasileira e reduzem a capacidade de investimento do Estado. Ela perguntou ao presidente do BC quando o Brasil praticará taxas de juros no mesmo nível que as praticadas pela maioria dos países.

“Não basta dizer que o Brasil é o campeão das altas taxas de juros, a população brasileira tem que demonstrar mais indignação com essas taxas. O Brasil precisa se desenvolver em patamares superiores. As altas taxas de juros praticadas hoje são transferência de recursos públicos para o capital financeiro privado”, desabafou Vanessa.

Alexandre Tombini disse que há uma clara tendência de redução das taxas de juros, mas que isso deve ser feito de forma sustentável. Segundo ele “num futuro próximo não haverá razão para o país ter taxas tão diferentes das cobradas em outros países”.

Sobre a dívida pública, questionada por vários senadores, Tombini disse que a situação não é preocupante. A dívida líquida, que correspondia a 60,4% do PIB em 2002, está em 39,8% do PIB, conforme as projeções para este ano.

O presidente do Banco Central esteve na CAE para fazer um balanço trimestral da economia, e ressaltou que o Brasil teve uma evolução positiva n o período contrastando com a situação internacional, citando como exemplo a queda no crescimento da economia dos Estados Unidos.

Assessoria de Comunicação da senadora Vanessa