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Teleférico muda a vida da comunidade 

“A realidade vai mudar muito. Já experimentei o teleférico e é muito bom”, diz Rosinete, que saiu há mais de 20 anos de Natal (RN) para morar no Rio, onde casou e teve filhos. Com o teleférico, o percurso de 1,2 km entre as estações Baiana e Bonsucesso poderá ser feito em apenas seis minutos.

PAC Rosinete - Roberto Stuckert Filho/PR

Do alto do Morro da Baiana, a dona de casa Rosinete Augusto Nascimento da Silva, 39 anos, tem a sensação de ter a cidade do Rio de Janeiro a seus pés. Mas o “asfalto”, na realidade, fica a 30 minutos de caminhada até o ponto de ônibus ou até a estação ferroviária de Bonsucesso, subúrbio carioca. A partir da inauguração do teleférico do Complexo do Alemão – construído com recursos do PAC em parceria com o governo estadual -, a paisagem da Cidade Maravilhosa vai ficar de fato mais próxima para a família de Rosinete e de outras 85 mil pessoas que vivem em 13 comunidades da Zona Norte da capital fluminense.

A dona de casa se surpreendeu ao ser citada pela presidente Dilma Rousseff, durante o discurso na cerimônia de inauguração do teleférico – realizada no Morro do Adeus -, como exemplo de uma moradora que desejava deixar a comunidade para buscar uma vida melhor em outro local, realidade que começa a mudar.

“Com certeza, a Rosinete terá muitos motivos para se orgulhar da comunidade dela”, declarou Dilma.

“A realidade vai mudar muito. Já experimentei o teleférico e é muito bom”, diz Rosinete, que saiu há mais de 20 anos de Natal (RN) para morar no Rio, onde casou e teve filhos.
Com o teleférico, o percurso de 1,2 km entre as estações Baiana e Bonsucesso poderá ser feito em apenas seis minutos. Mais tranquilidade para Rosinete levar o filho Thiago, 11 anos, “aluno nota dez”, ao curso de informática em Bonsucesso duas tardes por semana, em especial nos dias de chuva.

“Vou poder pegar o teleférico em frente à minha porta”, comemora a dona de casa, que acredita, inclusive, na valorização do seu imóvel com o funcionamento da Estação Baiana, do outro lado da rua.

Mais um motivo para a satisfação de Rosinete é a facilidade com que o marido, o faxineiro Terso Laurentino da Silva, poderá pegar a condução até o local do trabalho, em Botafogo, na Zona Sul. Garantia de chegar mais cedo em casa para ficar perto da esposa, do filho e da outra filha do casal, Maria Clara, de 7 anos.

Localizada no bairro de Ramos, a Estação Baiana, motriz do sistema, é o “coração” do teleférico. Além de cumprir sua função de meio de transporte, o sistema também destina espaços para equipamentos de inserção social.

No Morro da Baiana, abrigará um posto de identificação civil do Detran, um Posto de Orientação Urbanística e Social (Pouso) da prefeitura e um caixa eletrônico da Caixa Econômica Federal (CEF). Para os filhos de Rosinete e Terso, já são novos tempos no Complexo do Alemão.

Fonte: Blog do Planalto