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Dois terços dos franceses são contra candidatura de Strauss-Kahn

Dois terços dos franceses não querem que o ex-diretor-gerente do FMI Dominique Strauss-Kahn dispute a eleição presidencial de abril de 2012, segundo uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (7). Um número ainda maior acredita que ele não será candidato.

Strauss-Kahn era o favorito para encabeçar a chapa do Partido Socialista e ser eleito presidente, até ser preso em Nova York, em maio, sob acusação de estuprar uma camareira de hotel. Ele teve de renunciar ao cargo no Fundo Monetário Internacional.

Na semana passada, no entanto, a acusação perdeu força, devido a dúvidas levantadas sobre a credibilidade da acusadora. Strauss-Kahn teve sua prisão domiciliar revogada, e o processo pode até ser arquivado pela promotoria.

A pesquisa realizada pelo instituto OpinionWay e publicada pela revista do jornal Le Figaro mostrou que 65 por cento dos entrevistados são contra a candidatura presidencial dele, e que 75 por cento duvidam que ele insista em concorrer. A pesquisa ouviu 1.002 franceses maiores de 18 anos, nos dias 4 e 5 de julho.

Seguidores do político aproveitaram a reviravolta no caso para propor a volta dele à política e à disputa presidencial. Mas ele provavelmente não será autorizado a deixar os EUA antes do prazo máximo para apresentar sua candidatura nas eleições primárias socialistas, em 13 de julho.

Grupos dentro do Partido Socialista minimizam a possibilidade de que ele possa concorrer, e o porta-voz da legenda Benoit Hamon disse que seu envolvimento na disputa é "o mais fraco" entre todos os cenários possíveis.

A possibilidade de um rápido regresso de Strauss-Kahn à política perdeu força nesta semana, quando a escritora francesa Tristane Banon abriu um processo em que o acusa de ter tentado estuprá-la em 2003, quando ela tinha 23 anos.

Na ausência de Strauss-Kahn, François Hollande, ex-líder do Partido Socialista, aparece como favorito na disputa, à frente da rival Martine Aubry. As pesquisas indicam que ambos seriam capazes de bater o impopular presidente conservador Nicolas Sarkozy nas urnas.

Enquanto cinco candidatos disputam a indicação socialista, Strauss-Kahn continua proibido de deixar os EUA, onde terá uma nova audiência judicial em 18 de julho. Seus advogados disseram na quarta-feira que ele não irá fazer um acordo pelo qual assumiria a culpa para evitar o julgamento.

Da Redação, com informações de O Estado de S. Paulo.