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Confiança nos EUA despenca e indústria segue fraca

A confiança do consumidor americano caiu ao menor patamar em mais de dois anos no início de julho, e a produção industrial estacionou em junho, esfriando ainda mais as esperanças de uma rápida recuperação econômica no segundo semestre deste ano.

O índice de confiança do consumidor calculado em conjunto pela Thomson Reuters e Universidade de Michigan recuou para 63,8 em julho, leitura mais fraca desde março de 2009, conforme as famílias se mostraram preocupadas com a queda nos salários e o aumento do desemprego, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira, 15. Em junho, o índice havia marcado 71,5. Economistas previam que a confiança subiria a 72,5.

Estagnação

Um relatório separado do Federal Reserve (FED, banco central americano) mostrou que a produção industrial subiu modesto 0,2% em junho, estagnada em parte devido a problemas de oferta no setor automotivo relacionados ao terremoto no Japão.

Os documentos foram os mais recentes de uma série, que incluiu as vendas no varejo e dados de emprego, a sugerir que a aceleração na economia esperada para o segundo semestre do ano pode não se mostrar tão forte quando o inicialmente imaginado. "Não há muita confiança de que o crescimento vá acelerar. Definitivamente não foi um dado bom num cenário mais amplo", disse Gennadiy Goldberg, analista de renda fixa da 4Cast, em Nova York.

Inflação

Um dado do Departamento de Trabalho mostrou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) cedeu 0,2% em junho, na maior queda desde junho de 2010, após subir 0,2% em maio. Mas o núcleo do CPI, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3%, após uma alta similar em maio, e acima das expectativas de economistas, que estimavam avanço de 0,2%. "Estamos vendo uma recuperação muito, muito forte da inflação no núcleo e mais do que o FED esperava", disse Eric Green, economista-chefe da TD Securities, em Nova York.

O presidente do FED, Ben Bernanke, disse nesta semana que o banco central dos EUA está pronto para agir caso o crescimento enfraqueça mais, mas deixou claro que o FED ainda não está prestes a intervir.

Indústria

No mês passado, a produção industrial foi amparada por um salto na produção em empresas ligadas a serviços essenciais e à mineração. Contudo, a produção nas fábricas teve no segundo trimestre o menor crescimento desde a recessão, que acabou em meados de 2009.

Há indicações de que a indústria permaneceu fraca em julho. Apesar de ter desacelerado a queda, o índice geral de condições empresariais "Empire State" do FED de Nova York ficou em menos 3,76 em julho, leitura mais fraca que o esperado, uma vez que economistas consultados pela Reuters previam 4,50.

Fonte: Terra