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Sarkozy e Merkel querem salvar interesses imperialistas na crise

Os países imperialistas da Europa protagonizam uma corrida contra o tempo para chegar a um acordo para a crise da dívida. Nesta quarta-feira (20) os líderes da França e da Alemanha, Nicolas Sarkozy e Angela Merkel, encontram-se numa reunião preparatória a dois às vésperas da crucial cúpula europeia que será realizada em Bruxelas.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, classificou de muito grave a situação na Eurozona devido à crise da dívida da Grécia e alertou que um fracasso da cúpula de quinta-feira (21) terá consequências mundiais.

"Ninguém deve se iludir, a situação é muito grave", declarou à imprensa. Segundo Barroso, os chefes de Estado e de governo devem, no mínimo, propor medidas claras para estabilizar a Grécia.

Na cúpula da Eurozona os países imperialistas da região tentarão encontrar soluções para a crise da dívida da Grécia, consideradas indispensáveis para “salvar” a União Europeia.
Os dirigentes dos 17 países da Eurozona discutirão um segundo plano de resgate para a economia grega, no qual tentarão envolver o setor privado.

"Amanhã teremos uma cúpula determinante para o futuro do país e da Europa. O primeiro-ministro Giorgos Papandreou luta para garantir que a Grécia continue de pé", declarou Ilia Mosialos, porta-voz do governo grego.

Com seu encontro prévio Sarkozy e Merkel querem passar a imagem de que estão unidos e confiantes na solução da crise.

Várias opções estará na mesa durante o encontro dos 17 países da Eurozona: recompra da dívida grega e reescalonamento, além da definição de um novo plano de “ajuda” para a Grécia. De imediato, a União Europeia pretende evitar o contágio da crise da dívida.

A maioria das opções contempladas que envolvem a participação de credores privados da Grécia, como a Alemanha exige desde o início por razões políticas, suporiam de fato um "acontecimento de crédito", um "default" ou a falta de pagamento parcial de sua dívida pela Grécia.

O reescalonamento da dívida grega iria impor aos credores uma mudança nos vencimentos dos reembolsos, o que seria castigado pelas agências de classificação.

Já a recompra da dívida grega, também em discussão, poderia não supor um "default" se a Grécia realizar ela mesma a operação com a ajuda de empréstimos europeus.

Uma coisa é certa, as reuniões de Sarkozy e Merkel, assim como a cúpula da Eurozona nada trarão de bom para os povos e os trabalhadores. Todas as opções consideradas pressupõem a adoção de políticas de arrocho e ataques aos direitos sociais.

Da Redação, com agências