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ONU homenageia vítimas da Noruega com minuto de silêncio

A Assembleia Geral da ONU fez nesta segunda-feira (25) um minuto de silêncio antes de iniciar um encontro sobre a juventude para homenagear as vítimas dos atentados perpetrados na Noruega na sexta-feira, entre as quais há 68 mortos em um acampamento de jovens socialistas.

"É meu triste trabalho expressar as mais profundas condolências da Assembleia Geral ao governo e ao povo da Noruega pela tragédia que afligiu o país", disse o presidente da Assembleia, o suíço Joseph Deiss, antes de pedir um minuto de silêncio pelas 76 vítimas do duplo atentado em Oslo e na ilha de Utoeya.

Deiss comandou a homenagem acompanhado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, enquanto todos os representantes dos países-membros do organismo e das organizações civis presentes na Assembleia ficaram em pé para lembrar as vítimas.

"O atentado (em Utoeya) acontece enquanto nos dispúnhamos a iniciar este fórum e é particularmente triste devido à pouca idade da maioria das vítimas", afirmou à imprensa Deiss, que voltou a expressar seus pêsames aos familiares dos jovens mortos no ataque ao acampamento.

"Condeno esta violência nos termos mais firmes possíveis. Me entristece particularmente que o assassino tenha escolhido jovens tão decididos a se comprometer com o futuro de seu país", afirmou por sua vez o secretário-geral do organismo durante a abertura da sessão especial sobre juventude na Assembleia Geral.

"Esta atrocidade se opõe diretamente ao tema desta reunião, que é o diálogo e a mútua compreensão", acrescentou Ban.

Após o minuto de silêncio, o embaixador da Noruega na ONU, Gjermund Saether, agradeceu a homenagem da Assembleia Geral e declarou que seu país responderá ao ataque "com mais democracia, mais abertura, mais participação e mais humanidade".

O diplomata norueguês reconheceu que os mortos no atentado eram "parte do futuro político da Noruega", mas disse que "seus amigos que sobreviveram se comprometeram a não se sentir intimidados por essa atrocidade". "Eles não serão aterrorizados e obrigados a permanecer em silêncio, mas demonstrarão com seu compromisso que a violência contra a opinião não é efetiva", afirmou.

"A Noruega permanece unida na dor e na determinação por se manter ligada aos valores de democracia, abertura, confiança e participação, independentemente da origem de cada um", disse Saether.

Fonte: Efe