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Greve da Educação: Oposição chilena recusa reunião com presidente

Os dirigentes dos partidos de oposição ao governo de Sebastián Piñera, do Chile, se negaram a participar da reunião convocada para debater uma solução à greve estudantil que já dura um mês e meio.

Os líderes dos partidos Socialista (PS), Democracia Cristã (DC), Radical Social Democrata e Partido Pela Democracia (PPD), todos integrantes da coalizão Concertación, decidiram se reunir com a Confederação de Estudantes do Chile e com o Colégio de Professores.

Atores sociais

O senador e presidente da DC, Ignácio Walker, afirmou que a aliança progressista valoriza a "disposição do governo em nos receber", mas que "é necessário que o governo dialogue primeiro com os atores sociais".

A decisão da coalizão gerou duras críticas por parte das autoridades. O presidente da secretaria geral do governo, Andrés Chadwick, afirmou que lamenta "que a Concertación não tenha estado à altura".

Piñera havia convocado as lideranças de todos os partidos políticos do Chile para uma reunião nesta quarta-feira (27) no Palácio de La Moneda, sede do governo, para debater as saídas possíveis para as reivindicações estudantis no país.

Antes do encontro, durante a manhã, ele se reuniu com os presidentes do partido Renovação Nacional (RN) e União Democrata Independente (UDI).

Por sua vez, os presidentes do Partido Comunista (PC) e do Movimento Amplo Social anunciaram que não participariam do encontro porque não seria uma cúpula com todos os partidos políticos do país, mas reuniões em separado.

Mesa tripartite

"O governo deveria ter uma atitude mais generosa, mais aberta", destacou o presidente do PC, Guillermo Teillier, que sustentou que o início da solução ao conflito necessita uma mesa de negociações tripartite formada pelos estudantes universitários, pelos secundaristas e pelos professores.

O novo ministro de Educação, Felipe Bulnes, disse nesta quarta-feira que convidou os estudantes, professores e representantes "do mundo escolar", "cada um deles individualmente", para "entender suas inquietações", mas que o convite foi recusado, e acusou os manifestantes de "intransigentes".

A greve estudantil recrudesceu após 34 estudantes secundaristas, todos menores de idade, iniciarem há uma semana uma greve de fome indefinida por uma educação estatal, de qualidade e gratuita.

Fonte: Opera Mundi