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Cielo conquista segunda medalha de ouro em Xangai

O nadador Cesar Cielo cedeu mais uma vez às emoções no sábado, depois de manter o título de campeão dos 50 metros livre, ao conquistar sua segunda medalha de ouro no Mundial de Esportes Aquáticos em Xangai.

O campeão olímpico e recordista mundial da prova cobriu toda a extensão da piscina em 21s52. O italiano Luca Dotto ficou com a prata ao fazer 21s90, enquanto o francês Alain Bernard, na raia oito, ganhou a medalha de bronze com 21s92.

Cielo, que escapou de uma suspeita de doping para competir em Xangai, já havia caído no choro na segunda-feira depois de vencer a disputa dos 50 metros borboleta. Ele chorou de novo no sábado em frente de repórteres e teve que conter as lágrimas no pódio.

"Eu queria tanto ganhar essa competição. Sou um campeão olímpico e um campeão mundial, então estou realmente feliz com o resultado", disse Cielo.

"Participar desses torneios mundiais, ganhar dois ouros e ficar em quarto lugar (nos 100 metros livre), os resultados são melhores do que eu tinha imaginado há duas semanas."

Cielo corria o risco de não participar dos campeonatos porque escapou de uma suspensão por doping apenas três dias antes de a competição começar. O nadador de 24 anos e outros três colegas testaram positivo para o diurético furosemida em maio, mas a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) decidiu não punir o quarteto.

Cielo disse que o teste positivo foi causado por um suplemento que ele tomava regularmente e que havia sido contaminado.
O órgão de natação FINA apelou contra a decisão da CBDA na Corte de Arbitragem para o Esporte (CAS) e pediu que fosse imposta ao atleta uma suspensão de três meses.

A CAS, depois de uma audiência especial em Xangai, decretou em 21 de julho que Cielo poderia competir porque havia tomada "precauções suficientes" sobre os suplementos.

Cielo disse que a semana foi difícil, mas que ele agora se sentia melhor. "Apesar de tudo, esses campeonatos mundiais foram bons para mim", acrescentou. "Acho que estou muito mais forte agora."

Fonte: Estadão