Com início do Ramadã, Egito freia habitual alta dos preços
O mês do Ramadã começou nesta segunda-feira (1) na maioria dos países muçulmanos, que tomaram medidas especiais para frear a habitual alta dos preços dos produtos básicos nesta temporada.
Publicado 01/08/2011 12:40
Embora durante o Ramadã os muçulmanos devam se abster de comer, beber e fumar do amanhecer ao pôr do sol, o consumo de alimentos básicos costuma aumentar nessa época.
Isso acontece porque, pela tradição, neste mês sagrado para os muçulmanos os fiéis rompem seu jejum com o "iftar" e terminam as horas do café da manhã com o "sohur", pratos que têm como ingredientes arroz, farinha, açúcar e óleo, o que provoca o aumento da demanda e, consequentemente, do preço desses produtos.
A esta alta se soma a crise econômica em muitos países muçulmanos, entre eles o Egito, cuja economia foi afetada pela revolução que começou em 25 de janeiro e terminou em 11 de fevereiro com a renúncia de Hosni Mubarak da Presidência.
Diante do aumento dos preços, o Governo egípcio tomou medidas para ajudar a população, sobretudo as camadas menos favorecidas.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças egípcio, Hazem al Biblawi, anunciou que seu Gabinete destinou 2 bilhões de libras (US$ 363 milhões) para subvencionar os produtos básicos necessários para o Ramadã.
Deste orçamento, 255 milhões de libras (US$ 46 milhões) serão dirigidos a subvencionar o arroz. O Conselho de Ministros egípcio assegurou ainda que, apesar da crise econômica no país, se compromete a assumir 50% do valor dos produtos subvencionados durante o Ramadã.
Na Jordânia, que também foi palco de manifestações por reformas, o governo fez gestões parecidas para controlar a alta dos preços dos alimentos durante o Ramadã.
Apesar da alta dos preços nesta época, nos últimos dias antes do início do mês do Ramadã os mercados árabes costumam registrar muita atividade.
No entanto, no Iêmen, o país mais pobre da Península Arábica, os mercados quase não registraram movimento devido a alta dos preços dos produtos básicos.
Fonte: Efe