Ivo Braga – Sobre o 52º Congresso da UNE

Por *Ivo Braga

O 52º Congresso da UNE consolida a entidade que vai completar 75 anos como o principal instrumento de luta da juventude brasileira, pois do alto dessas 7 décadas a UNE desafia o Brasil a investir 10% do PIB e 50% do Pré-Sal em Educação e faz isso ao seu melhor estilo que é com muita irreverência e estudante na rua!

O Congresso da UNE, ocorrido de 13 a 17 de junho em Goiânia, consolidou a União Nacional dos Estudantes como a entidade mais combativa, democrática e plural do movimento social brasileiro. Nenhuma outra organização em nosso país consegue aglutinar mais de 30 correntes de opinião em sua composição e isso serve de prova da precisão com que a sua política é conduzida.

Em seu processo eleitoral foi mobilizada 25% de sua base de representação, ou seja 1,5 milhão de estudantes. Uma grande demonstração de vitalidade e de representatividade que serve como um tapa na cara da mídia e daqueles setores atrasados que insitem em afirmar que a UNE e o movimento estudantil são coisas do passado.

Uma UNE fortalecida, representativa, democrática e plural é o saldo que tiramos destes 5 intensos dias vividos em Goiânia. E na cabeça uma certeza: muito já fizemos em nossa história, porém vale ainda mais o que temos pra fazer daqui em diante.

A UNE de hoje diversifica sua pauta ao promover debates sobre direitos humanos, assistência estudantil, meio ambiente, integração da américa latina. Ao realizar encontros de mulheres, de negros e cotistas, reafirma seu papel de defender a igualdade, seja ela de gênero, etnia, orientação sexual ou de credo.

A UNE de hoje honra seus mártires quando no meio do seu congresso realiza um ato com o Ministro da Justiça, a Ministra dos Direitos Humanos, a Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e o Presidente da Comissão de Anistia para exigir a abertura dos arquivos da ditadura e a instalação da comissão da verdade.

A UNE de hoje faz tudo isso sem perder a sua essência e convoca os estudantes brasileiros a ir às ruas no segundo semestre e se manifestar por 10% do PIB e 50% do Pré-Sal para a Educação, construindo um agosto verde amarelo capaz de sacudir o Brasil e influenciar na aprovação de um PNE que atenda as demandas do movimento estudantil.


*Ivo Braga é estudante de Jornalismo da UFC e vice-presidente regional da UNE/CE

Fonte: Blog do Ivo Braga