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Espanha: indignados denunciam violência contra manifestantes

Representantes do movimento de indignados na Espanha (15-M) exigiram neste sábado (6) a demissão de funcionários governamentais e do Executivo madrilenho pela brutal repressão contra manifestantes na Puerta del Sol.

O protesto foi feito contra o ministro do Interior Antonio Camacho e a delegada do governo de Madri, Dolores Carrión, sobre a reação inesperada e desproporcional da polícia, denunciaram porta vozes do 15-M, como se conhece ao movimento que propõe um novo modelo socioeconômico e político no país.

O porta voz e deputado da Esquerda Unida, Gaspar Llamazares, solicitou a sua vez o comparecimento de Camacho no Congresso a fim de que explique o sucedido, pois em sua opinião "o ministro converteu o protesto de indignação social e política em uma questão de ordem pública".

Juan Rubiño, da comissão legal do Acampamento Sol, lugar emblemático dos indignados desde maio, assegurou que a marcha de quinta-feira (4) à noite era pacífica e que a polícia atuou violentamente sem dar a opção para que os manifestantes se dissolvessem.

Testemunhas declararam a meios de informação espanhóis que os agentes anti-motins golpearam com porretes a jovens manifestantes e inclusive a pessoas de idade mais avançada.

Fontes médicas estimaram em mais ou menos 20 feridos o saldo da repressão na Puerta del Sol madrilenha, ademais de numerosas detenções de ativistas.

Os indignados anunciaram em mensagens pelas redes sociais que apresentarão denúncias contra os policiais que desferiram os golpes.

Assim mesmo, manifestaram que voltarão à Puerta del Sol para exercer o direito à livre circulação, mas sem a intenção de acampar, decisão que adotaram neste final de semana numa assembleia popular. A delegada do governo de Madri, Dolores Carrión, advertiu que a polícia voltará a atuar com máxima firmeza e determinação se houverem novas tentativas de ocupar ilicitamente o espaço público.

Sublinhou que não está mais disposta a consentir com ocupações da Puerta del Sol e de nenhum outro lugar público. Após a retirada dos efetivos policias realizada neste sábado (6), depois de quatro dias de bloqueios e dispositivos férreos de segurança, centenas de indignados retornaram em uma marcha simbólica à praça central, para logo se retirarem.

O 2º Fórum Social do 15-M, convocado para este sábado, definirá novas ações de protesto contra as reformas econômicas do governo e em defesa da liberdade à livre-expressão, afirmou o movimento espanhol.

Fonte: Prensa Latina