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Tentativa de proibir partido socialista alemão é rechaçada

Enquanto organizações antirracistas e partidos de oposição na Alemanha debatem a possível proibição do partido fascista NPD, representantes da direita burguesa lançaram um contra-ataque.

O Secretário Geral do pequenodemocrata-cristão da Baviera (CSU), Alexander Dobrindt, demandou, em entrevista ao diário conservador Bild am Sonntag, a desarticulação do partido socialista Die Linke (A Esquerda) por suas referências às ideias comunistas.

"Devemos analisar se não se pode abrir um processo de proibição deste patido", disse Dobrindt, um oficial de pouca importância em nível nacional.

Ele argumentou com um artigo da presidente do partido socialista, Gesine Loetzsch, intitulado "Caminhos para o Comunismo", publicado no início deste ano. Representantes do partido Die Linke reagiram com irritação à intervenção de Dobrindt.

De acordo com Ulrich Maurer, membro da junta diretiva desta agrupação, o integrante do CSU, "obviamente, ainda não percebeu que a Guerra Fria acabou".

Ao mesmo tempo, Maurer culpou Dobrindt pelo aumento dos ataques violentos a escritórios do partido socialista durante a atual campanha eleitoral em Berlim.

De acordo com Maurer, "por meio de tais provocações, a extrema direita se sente animada a lançar ataques contra escritórios do nosso partido em Berlim e em outras regiões."

Meios de comunicação, como o canal de televisão estatal ARD, rechaçaram o ataque políticos de Dobrindt, classificando-o como "populismo primitivo."

"O 50º aniversário da construção Muro de Berlim, obviamente, estimulou alguns agitadores políticos a revisitarem a guerra fria", disse Claus Heinrich, jornalista da ARD.