Jô Moraes defende bandeiras dos estudantes na posse da Une

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) participou na manhã  desta quarta-feira (10) da solenidade de posse da nova diretoria da União Nacional dos Estudantes (UNE), quando manifestou seu apoio a aplicação do percentual de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em educação. Nos próximos dois anos a UNE terá à frente os estudantes Daniel Iliescu, presidente, e Clarissa Alves da Cunha, vice-presidente.

Atualmente o Brasil investe cerca de 5% das riquezas que produz neste setor, mas um projeto de lei encaminhado ao Congresso pelo governo, PL 8035/10 (Plano Nacional de Educação), pretende elevar essas verbas até 2020 para 7% do PIB.

  “Educação é fundamental para o crescimento do Brasil em todos os setores, especialmente o da produção e capacitação tecnológica. Investir em educação é construir um País com cidadãos capazes de assumir os desafios do mundo globalizado”, disse, ao referendar as palavras de Daniel Iliescu. Para ele, a aplicação de 10% do PIB na educação é “o investimento mais eficaz para democratizar o País e construir uma nação realmente a serviço de sua população”.


 A solenidade na Câmara dos Deputados, segundo explicou Iliescu, teve como propósito encaminhar as principais pautas de reivindicações da UNE, como as 59 emendas do Plano Nacional de Educação (PNE), e lançar oficialmente a participação da entidade na Jornada Nacional de Lutas. Este ano, o tema do evento é “Agosto Verde e Amarelo”, quando serão realizadas diversas mobilizações, marchas e passeatas voltadas à promoção de um ensino melhor e extensivo a todos os brasileiros. 

 

 Ditadura

 
Durante o evento, Jô Moraes se emocionou ao lembrar seu período de dirigente estudantil quando foi presa junto com outros 800 participantes do 30º Congresso da UNE em Ibiúna, São Paulo, no ano de 1968. Apesar de proibido pela ditadura militar, os estudantes realizaram clandestinamente o encontro em um sítio da cidade paulista. Policiais cercaram o local e sob a mira de armas prenderam as lideranças que foram conduzidas ao DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e os demais participantes ao Presídio Tiradentes, segundo registros da mídia. O encontro foi mais um marco da resistência estudantil ao regime de exceção implantado em 1964.


Amanhã (11) Dia do Estudante, a UNE completa 74 anos de existência e uma das formas de lembrar a data será via mobilização nas redes sociais em favor da ampliação dos recursos orçamentários para a Educação. 

De Belo Horizonte, 

Graça Borges